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Quinta-feira, 02 de maio de 2024

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Machado de Assis borboleteava pela vida e site reúne obra, trajetória e desdobramentos

Foto: Reprodução

Machadodeassis.org.br

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Machado de Assis borboleteava pelas páginas dos jornais com suas crônicas. Já aos 20 anos, o jovem escritor tirava dos periódicos o seu sustento. Mas, ia além, sempre. Um dos maiores escritores do Brasil, Machado de Assis (1839-1908) era um apaixonado, por inventar estórias, por poder viver através de suas letras que o dominavam. Embriagado pela própria criatividade, Machado deu vida a Capitu em Dom Casmurro e contou a história de um morto em Memórias Póstumas de Brás Cubas. Muitos contos, romances, crônicas, artigos, críticas literárias.

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E assim como este escritor, borboletearemos pelos assuntos para retratar um pouco da sua obra e trazer também que o site criado pela Academia Brasileira de Letras sobre o escritor reúne muito de seu trabalho e os desdobramentos ao longo dos anos desde a sua morte, além de uma cronologia de sua vida. Para conferir, clique AQUI.

Dom Casmurro e Memórias Póstumas são os livros mais conhecidos e revelam toda a riqueza literária que corria nas veias de Machado. No primeiro, Bento consegue casar-se com Capitu, quem adorou a vida inteira, mas então, acredita piamente que o seu filho é na verdade, do seu melhor amigo, pelo qual a mulher chorou a morte.

Já em Memórias Póstumas, Brás Cubas vai perpassar toda a sua trajetória até o leito de morte. Toda a desgraça e dor de sua vida serão contadas através das palavras de um homem que já se foi para além da vida.

Mas, era nas crônicas que Machado revelava um lado peculiar seu: apaixonado e esperançoso. Narrou as mudanças do Rio de Janeiro colonial, viu o progresso chegar, as máquinas baterem, as ruas se alargarem, os carros chegarem, e toda a sorte de coisas. Seu mundo havia mudado. E Machado estava otimista quanto à mudança, apesar de sempre ressaltar sua preocupação com o povo, com a igualdade.

Largamente estudado e reverenciado, seus escritos já foram teses de doutorado, renderam filmes, minisséries, peças de teatro, novos escritores inspirados por sua literatura imensa, e até histórias de quadrinho. Mas, não é por menos. Machado é autor de frases como: “Cada qual sabe amar a seu modo; o modo, pouco importa; o essencial é que saiba amar”.

“Mas o tempo, o tempo caleja a sensibilidade”, mas não a sua caro Machado, até porque “esquecer é uma necessidade. A vida é uma lousa, em que o destino, para escrever um novo caso, precisa apagar o caso escrito”. E assim “matamos o tempo, o tempo nos enterra” e enfim que “o silêncio não tem fisionomia, mas as palavras muitas faces”.
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