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Quinta-feira, 02 de maio de 2024

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Moondo de Nina Moon

Crônica: Mais uma manhã: fuja da ratoeira. É tudo jogo de cena

Foto: Michel Filion

Crônica: Mais uma manhã: fuja da ratoeira. É tudo jogo de cena
Mais uma manhã cinzenta se passou. As pessoas acomodadas seguem mudas o caminho do seu destino. Sem qualquer tipo de questionamento aceitam como presente divino a mortal rotina.

Todos apressados caminham para doar a sua vida, em detrimento de segurança, de bens, de dinheiro. Doam seu espírito para um sistema impregnado de mentiras e ilusões. Doam sua alma, seu respirar, seu esforço diário, sua mente. Não querem saber de onde vem, apenas para onde vão, e ao escolherem o presente, descartam o passado, que poderia explicar o porque de tantos dramas em cada momento futuro.

Estamos sendo exauridos, e nem ao menos nos damos conta disto. E os poucos que dão, continuam a seguir pelo mesmo caminho, reféns do destino, reféns do capitalismo. Como lutar com as engrenagens de um sistema tão perverso, que está intrinsecamente ligado ao modo de pensar, a cultura do povo. É tudo um claro jogo de cena, com o intuito apenas de nos ludibriar.

Enganar, mais uma vez, para continuarmos a vida, fingindo que estamos contentes com o nosso descontentamento, não assumindo o vazio crescente dos dias e da vida, dessa incompreensão absurda do que é ser e estar no mundo. Cale-se, apenas por um segundo. Olhe ao seu redor. Quantas coisas estão erradas no mundo? Quanta morte e mentira que nos faz sangrar como se não houvesse amanhã. É desespero, é vida, é literatura, é mentira.
O que será que o sol esconde na próxima volta?

Fuja da ratoeira. Não acredite. Nada é o que parece ser. Na natureza nada é estático, é tudo mutável, assim como nós.
 
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