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Domingo, 28 de abril de 2024

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Livro de memórias escrito por Norma Bengell vai ser lançado em 2014

Para contar sua trajetória de mais de 60 filmes e o título de "musa do cinema brasileiro", a atriz Norma Bengell, que morreu nesta quarta-feira (9) aos 78 anos, preparava um livro de memórias, que estava para ser lançado em novembro de 2012.

Segundo a assessoria de imprensa da NVersos Editora, o lançamento da autobiografia agora foi adiado para março de 2014. "Essa mudança de data foi feita antes da morte dela. O livro está sendo editado e ela sempre pedia para complementá-lo durante esse tempo, por isso o atraso".

O título "Norma: As coisas que vivi" foi mudado para simplesmente "Norma Bengell". "Após mais de um ano de trabalho, a biografia foi finalizada e, agora, está em fase de revisão. Vamos manter o que foi acordado com a própria Norma enquanto viva", diz comunicado.

De acordo com a editora, neste livro, Norma fala sobre vida pessoal - o casamento com o italiano Gabrielle Tinti e o namoro com o francês Alain Delon - e de sua carreira no cinema, que ficou marcada pelo nu frontal em "Os cafajestes" (1962), no teatro e na televisão.

Trajetória
Nascida em 21 de setembro de 1935, a atriz carioca Norma Aparecida Almeida Pinto Guimarães D'Áurea Bengell foi uma das maiores musas do cinema e do teatro brasileiros nas décadas de 50, 60 e 70. Atriz, vedete, cineasta, cantora e compositora, Norma começou a carreira na música no início dos anos 50. Ela foi lançada no meio artístico por Carlos Machado, produtor de musicais, e foi vedete na Boate Nigth and Day, no Rio. Em 1959, lançou o primeiro disco, com músicas de Tom Jobim e João Gilberto. Fez sucesso com sua gravação das versões "A lua de mel na lua" e "E se tens coração".

Norma estreou no teatro em "Cordélia Brasil", em 1968, sob a direção de Emilio Di Biasi. Nos anos seguintes, participou das peças "A Noite dos Assassinos" (1969), de José Triana, com direção de Eros Martim; "Os Convalescentes" (1970), com direção de Gilda Grilo; "Vestido de Noiva" (1976), de Nelson Rodrigues, sob a direção de Ziembinski. Em sua última atuação no teatro, participou da montagem de "Dias Felizes", de Samuel Beckett, em 2010.

No cinema, participou de 64 filmes. Estreou nas telas aos 23 anos, no longa-metragem "O Homem do Sputnik", estrelado por Oscarito, onde fez sucesso parodiando a famosa atriz francesa Brigitte Bardot. Norma Bengell fez história em 1962 ao exibir o primeiro nu frontal do cinema brasileiro aos 27 anos, no filme "Os Cafajestes", de Ruy Guerra. Nos anos 80, lançou-se diretora de cinema com "Eternamente Pagu".
Na televisão, Norma começou sua carreira na TV Bandeirantes, com "Os Adolescentes" (1981) e "Os Imigrantes" (1982). Em 1983, foi para a TV Globo, onde fez a minissérie "Parabéns pra Você", e as novelas "Partido Alto" (1984) e "O Sexo dos Anjos" (1989). Seu último trabalho na TV foi em 2009, no programa humorístico "Toma Lá, Dá Cá".

Problemas de dinheiro
Em 2007, Norma Bengell disse ao G1 que estava sendo tratada "como uma bandida" pela Polícia Federal, que a acusava de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e apropriação indébita. De acordo com investigações da PF, a atriz teria comprado em 1996, por R$ 260 mil, um imóvel na época avaliado em mais de R$ 1 milhão.
A compra foi realizada logo após a captação de dinheiro para a realização do filme “O guarani”. O Tribunal de Contas da União considerou que Norma usou irregularmente o dinheiro captado para a realização do filme. “Estou com problemas de saúde, de dinheiro. É a minha imagem de 50 anos de trabalho. Não sei o que vai acontecer comigo”, disse a atriz na ocasião.
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