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Quarta-feira, 01 de maio de 2024

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DJs elogiam 'concerto de house' de David Guetta no Rock in Rio

O DJ e produtor David Guetta, que toca no Palco Mundo, é o único DJ no espaço principal do Rock in Rio. Dividirá atenções com Beyoncé, Bon Jovi, Justin Timberlake e outros não-DJs.

É a estreia do hitmaker francês na edição brasileira, após apresentações no Rock in Rio Madri, em 2010 e 2012. O G1 foi atrás de DJS brasileiros para saber se Guetta pode representar bem a categoria no festival (Veja no vídeo ao lado).

O DJ Marcus Guedes, com 38 anos de profissão, afirma que ter um DJ entre artistas mais “tradicionais” da música é um reconhecimento importante para a categoria "Hoje o DJ foi para a frente do palco, com super aparelhagens, recursos eletrônicos e deixou de ser um coadjuvante para ser o nome principal. E o Guetta foi uma das pessoas que fez isso, popularizando a música eletrônica. E a presença de um DJ, no caso ele, no Palco Mundo, é fundamental, porque a música eletrônica deixa de ser um apêndice de grandes festivais para estar no meio das grandes atrações”, afirma ele.

Gustavo Silva, o DJ Guszz, diz que há quem fale mal do trabalho de Guetta, por entender que o colega faz som repetitivo e comercial. “Muitas pessoas o criticam, dizem que as coisas são iguais, mas eu tento ver pelo outro lado", explica. "Ele é um dos maiores hitmakers. Trabalha com uma coisa mais pop, comercial, mainstream. Existe um tipo de inserção que proporciona para as pessoas que ouvem rádio. Depois, começam a gostar de outros estilos musicais, como o progressive, electro, underground”, analisa Guszz.

Pedro Vieira dos Santos, de 25 anos, ainda é um aprendiz. Ele trabalha duro nas pick ups para ser DJ profissional um dia. Ele acredita que o caminho do sucesso esteja na união da técnica com o conhecimento sobre música. Apesar de Guetta não ser a sua principal referência hoje, ele confessa que o produtor já fez sua cabeça. “Quando comecei a gostar de house, claro que o David Guetta era o maior de todos, o mais bem pago, o showman.” Ele destaca a semelhança das apresentações do francês com outros shows do pop. “Eu já fui em algumas turnês dele e é, realmente, um mega show, espetáculo. É como se fosse um concerto de house."

O produtor de eventos Bruno Monteiro, que coordena a festa I Love Electro, no Rio de Janeiro, afirma que o Rock in Rio deixou de ser apenas um evento relacionado a um único estilo musical para abranger outros segmentos. Monteiro acredita que é impossível fugir da eletrônica nas rádios. Para ele, não existe pop sem as batidas do gênero. “Falam que não gostam de música eletrônica, querendo ou não, acabam gostando. Porque é o que está por trás dos grandes artistas hoje.”

Ataques de DJ
“O mercado sofreu um boom, até pela exposição do DJ na mídia. Hoje, ele saiu de trás do palco e foi para a frente. Muitos são DJs por hobby”, conta Guszz, que dá aulas para quem pretende atacar de DJ ou se profissionalizar.

Além de atrair novos profissionais, Guszz vê evolução no trabalho de discotecagem. “Hoje, eu percebo que a cena tem um movimento interno dos DJs começarem a produzir as suas músicas e entenderem muito além da discotecagem. Então, é bacana ver a profissão se reinventar. É importante para a cena ter uma maior qualidade não só técnica, mas também musical.”
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