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Terça-feira, 12 de novembro de 2024

Notícias | Dra. Ana Paula Barbosa - Odontologia

saúde bucal

Cirurgiã Dentista fala sobre o que fazer se seu filho sofrer um traumatismo dentário

Foto: Reprodução / Ilustração

Cirurgiã Dentista fala sobre o que fazer se seu filho sofrer um traumatismo dentário
Durante a infância é comum que as crianças, que levem tombos aprendendo a andar, correndo, brincando e andando de bicicleta, acabem batendo os dentes. Por isso é importante que os pais saibam como proceder no caso de um acidente para conseguir “salvar” o dente ou, pelo menos, diminuir o dano causado.São vários os tipos de traumatismo que podem acontecer com os dentes , tecidos moles ( lábios, língua, bochecha), tecido ósseo e de sustentação. Para cada caso há uma indicação de tratamento e controle .As maiores complicações devido a traumas, tanto nos dentes de leite como nos dentes permanentes, acontecem por falta de atendimento imediato e controle realizados no consultório pelo profissional.


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O que os pais precisam saber:

1- Que o dente de leite tem raiz e que no seu interior existe um canal por onde passam nervos e vasos sangüíneos (polpa). Também que o dente permanente está sendo formado muito próximo desta raiz, desde que a criança nasce. Assim, existe o risco de haver alguma sequela no dente permanente dependendo do tipo de trauma sofrido.

2-Que todo dente que sofre traumatismo tem que ter acompanhamento clínico e radiográfico no consultório, pelo período de no mínimo 1 ano e 6 meses para os dentes de leite e de 5 anos para os dentes permanentes, pois podem acontecer complicações decorrentes do trauma ao longo desse tempo .

3- Que nem sempre o dente afetado por trauma apresenta alteração da cor. E se houver, nem sempre isso indica perda de vitalidade do dente e consequente necessidade de tratamento . Caberá ao profissional avaliar se haverá indicação de algum tratamento ou apenas continuidade do controle periódico.

4- Que mesmo os “pequenos” traumas nos dentes de leite, onde só há um leve sangramento, precisam de atenção.

O que fazer no caso de trauma dental:

1 - Se possível, procure entrar em contato com o Dentista imediatamente, em qualquer horário. Em alguns casos uma orientação adequada por telefone ajuda os pais a lidarem com a situação.

2 - Se houver muito sangramento, procure estancá-lo através de gaze, toalha, lenço ou gelo a fim de ver de onde está vindo o sangue.

3 - Nos casos em que acontecem sangramento e/ou aumento da mobilidade do dente , pode ter ocorrido uma fratura de raiz, e o atendimento deve ser o mais rápido possível. O raio x poderá confirmar a presença de fratura.

4-Quando o dente sai parcialmente da posição ( extrusão ou luxação), quanto mais rápido for reposicionado maiores são as chances de ser recuperado.

5 - Quando o dente permanente sai totalmente ( avulsão dental ) , quanto mais rápido for reimplantado, maiores serão as chances de sucesso. Se conseguir, reposicione o dente no local onde o dente estava (alvéolo dentário) ( sem tocar na raiz, pegue o dente pela coroa) e procure imediatamente o dentista. Caso contrario, coloque o dente num recipiente com soro fisiológico, leite ou saliva e deixe que o profissional faça o reimplante . Se isso acontecer com o dente de leite, o reimplante não está recomendado, pois a chance de sucesso é minima. Mas é muito importante que o profissional examine a criança o mais rápido possível.

6 - Se o dente “sumiu” e você não o encontrou, é possível que ele tenha sofrido uma intrusão total, ou seja, tenha entrado completamente no osso alveolar. O dentista irá radiografar e determinar o tratamento. Às vezes, essa intrusão ( dente entrar) é parcial.

7 - No caso de quebrar uma parte do dente e esta for encontrada, coloque-a no soro, leite ou saliva e procure o dentista, pois dependendo do tamanho do fragmento, é possível fazer sua colagem no dente, recuperando-o esteticamente.

Como é possível prevenir traumatismos dentários?

“Com criança, todo cuidado é pouco”. Lógico que existem situações inesperadas e em questão de segundo o trauma acontece. Mas é bom:

- Evitar situações de risco como o uso de andadores para bebês;

- Ser mais cauteloso com a criança que está aprendendo a andar;

- Usar a escada para entrar e sair da piscina;

- Não correr descalço em chão molhado;

- Usar protetores bucais para prática de esportes de risco;

- Não andar e/ou correr com objetos na boca (mamadeira, copo, caneta, brinquedos);

- Usar sempre o cinto de segurança quando estiver no carro.


*Ana Paula é ​cirurgiã bucomaxilo facial plantonista do Pronto-Socorro Municipal (PSM), professora de residência em Cirurgia Buco-maxilo-facial no Hospital Universitário (HGU), mestre pela Universidade de Cuiabá (Unic) em Ciência Odontológicas, e doutora pela Universidade de São Paulo (USP).
A Dra. Ana Paula atende na Rua Buenos Aires, 525. Jardim das Américas. Telefones (65) 3052-4696 e (65) 99233-4696.
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