A toxina botulínica veio para revolucionar a estética facial e tem várias indicações. Hoje falaremos da sua utilização na região da boca.
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No envelhecimento facial é comum a boca ficar com aspecto caído, o queixo cheio de furinhos pela contração muscular e a boca com rugas que são conhecidas como os “códigos de barras”, principalmente se a pessoa fuma ou toma muito sol.
A boca fica com aspecto de caída, com os ângulos laterais para baixo pela contração de um músculo chamado depressor do canto da boca, e para que possamos ter resultados satisfatórios, é necessário que a anatomia desta região seja levada em consideração. A aplicação de toxina botulínica nesse local melhora o aspecto do rosto quando não estamos sorrindo, tirando assim o aspecto triste quando o rosto está sem expressão (em repouso).
Os furinhos do queixo são causados pela contração exagerada, ou contração por compensação para fechar os lábios dos músculos mentonianos. Estes precisam ser considerados no planejamento da harmonização desta região: aqui a toxina botulínica funciona muito bem, ajudando até no selamento labial daqueles pacientes que não conseguem fechá-los espontaneamente.
O “código de barras” é formado pela contração do músculo que fica ao redor da boca, chamado de orbicular da boca e quando não prevenimos o envelhecimento desta região com aplicação de toxina botulínica, formam-se aquelas rugas verticais à linha do lábio. Tais rugas podem ser atenuadas com a aplicação de toxina botulínica e enquanto a toxina faz efeito, o envelhecimento na região é “paralisado”. Por isso dizemos que a toxina botulínica previne rugas, previne o envelhecimento, pois retarda ou atenua os sinais que aparecem naturalmente com o decorrer do tempo.
A principal indicação da realização de tratamento com utilização da toxina botulínica ao redor da boca é para aqueles pacientes que ainda não possuem as rugas muito fundas e para prevenção da formação das rugas nesse local. Quando as rugas são mais profundas é necessário planejar o preenchimento das mesmas.
Baseada na legislação em vigor, divulgo estes dois casos de antes e depois deixando claro que cada um deles expõe aqui as características individuais de cada paciente, e não pode servir de referência genérica em face das particularidades de cada tratamento, principalmente por não ser a Odontologia uma ciência exata.
Queixo antes e depois da aplicação da toxina botulínica, na foto inicial a paciente não estava fazendo contração voluntária. (Arquivo pessoal Dra. Ana Paula).
*Ana Paula é cirurgiã bucomaxilo facial plantonista do Pronto-Socorro Municipal (PSM), professora de residência em Cirurgia Buco-maxilo-facial no Hospital Universitário (HGU), mestre pela Universidade de Cuiabá (Unic) em Ciência Odontológicas, e doutora pela Universidade de São Paulo (USP).
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