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Mé Coado indo para a Itália, vamos juntos?

Autor: Dewis Caldas - Especial para o Olhar Conceito

11 Jul 2013 - 11:50

Olá meus amigos de quinta-feira. A nossa coluna musical mato-grossense vai mudar a partir da próxima semana. Assim, estas pequenas notas sobre a cena independente estadual - o que venho fazendo desde o início - vai mudar de foco e vou falar sobre a música brasileira na Europa.

Isso porque nesta semana estou embarcando para uma temporada na Itália, são dois meses, e voltamos a programação normal. Vou aproveitar e mandar preciosidades e detalhes da musica italiana, será mais um diário musica de bordo, e chamo vocês para embarcar comigo. Mas antes, aproveito para apresentar a vocês o cartaz do documentário que acabei de finalizar, sobre o legado e centenário do rei do baião. E também, aqui vai um texto sobre a escolha do tema. Mandem sugestões para dewiscaldas@gmail.com


Cartaz do documentário “Óia eu aqui de novo” - Na terra de Luiz Gonzaga no ano do centenário

Este documentário surgiu em meados de 2008, quando idealizei uma viagem ao sertão nordestino. Entre os equipamentos de filmagem e captação de som, estaria no meu colo também o violão para tocar com os cantadores/sanfoneiros e descobrir vertentes desconhecidas do baião. Uma busca pelos hibridismos que se tornaram outras vertentes musicais a partir da raiz-mãe (o baião) e suas múltiplas possibilidades rítmicas e tonal. Passeando pelo universo da musica nordestina me deparei com um gigantesca pilar chamado Luiz Gonzaga. O legado dele é tão amplo que é pano de fundo para quase todos os ritmos brasileiros, desde o samba até a bossa nova, passando pelo rock brazuca e também a tropicália, o choro e a chamada MPB nos moldes setentistas. É claro que já conhecia a música de Luiz, na minha infância em Chapadinha, no Maranhão, de onde nasci, e também no período que morei – ainda na adolescência – em Campina Grande, Paraíba, onde pude ver mais de perto a relação do povo com o universo de Gonzaga. Então em mim também há algo de reconhecimento em suas músicas.


Casa de Luiz Gonzaga, em Exu, sertão do Pernambuco

E foi assim, não tão de repente, que toda a pesquisa se virou para o legado do rei do baião e tudo daria certo justamente no ano em que se comemorava o centenário do sanfoneiro. Uma oportunidade para idealizar um perfil jornalístico de Gonzagão, nos moldes (e inspirado) na reportagem “Frank Sinatra está resfriado” [1965], de Gay Talese. Assim, iniciei uma pesquisa sobre a vida e obra do sanfoneiro de Exu. Li diversas biografias, estudei os parâmetros ecológicos, sociais, de protestos e emocionais de sua obra, escutei todas as músicas que ele gravou, de 1941 até 1989, e procurei todas as pessoas, ainda vivas, que poderiam ser personagens deste trabalho, onde consegui reunir importantes compositores, parceiros, músicos que tocaram com ele, familiares, cozinheira, empresário, biógrafos, vaqueiro e quem mais que pudesse agregar alguma interface da personalidade de Luiz, que morreu há exatos 23 anos.



Local onde nasceu o rei do baião, no povoado do Araripe

E assim foi. Um documentário sobre o legado não só musical, mas social de Luiz Gonzaga, o maior emblema cultural do Nordeste. Parti de Cuiabá, Mato Grosso, onde resido, e voei direto para Recife, capital do Pernambuco. Fiquei um mês, percorri 4 cidades, entrevistei 39 pessoas, corri 4 mil km e perdi 7kg. O LabCos da Unirondon entrou no projeto e finalmente está pronto. Assim, publico em primeira mão o texto de apresentação do documentário, que estará na contracapa do DVD, um abraço, até a próxima semana.

“Óia eu aqui de novo” - Na terra de Luiz Gonzaga no ano do centenário*

O jornalista e pesquisador musical Dewis Caldas correu o sertão pernambucano em meio as comemorações do centenário do sanfoneiro Luiz Gonzaga para desvendar o legado cultural e a relação das pessoas com o universo da vida e da obra do rei do baião. O resultado está agora em suas mãos. Óia eu aqui de novo - Na terra de Luiz Gonzaga no ano do centenário é uma viagem fantástica sobre as homenagens oficiais e as não-oficiais feitas por quem viveu ao lado de Luiz e milhares de seguidores anônimos , que movimentou todo o Nordeste em dezembro de 2012.

Um perfil jornalístico com mais de trinta depoentes ao longo de quatro cidades - Recife, Olinda, Caruaru e Exu – que revelam histórias de amor, saudade e espiritualidade tão cantadas nas canções de Gonzaga, o pernambucano do século. O documentário conta com imagens exclusivas de entrevistas e homenagens, que vão desde um show na tradicional casa de forró pé-de-serra, Sala de Rebôco, até a apresentação intimista do Quinteto Violado num casarão no centro histórico da capital, e também depoimentos inéditos de Onildo Almeida, compositor de A Feira de Caruaru, da biógrafa francesa Dominique Dreyfus e do maior colecionador de Luiz Gonzaga que se tem notícia, o caruaruense Ademário King.

Em Exu, cidade natal de Luiz, as homenagens de boiadeiros, sanfoneiros mirins, vendedores de camisetas, cordelistas e familiares de Gonzaga correm as ruas e peregrinam até a Fazenda Caiçara, no povoado do Araripe [local exato onde o músico nasceu] para agradecer e sentir-se próximo do homem que é um dos emblemas da cultura nordestina. Com pouco mais de 30 mil habitantes, a cidade recebeu 40 mil pessoas na grande festa da noite de 13 de dezembro, no dia do seu aniversário. E esse sentimento está aqui, neste documentário que você vê agora.

* Palavras de Luiz Marchetti, cineasta e ativista cultural, BA HONS BELAS ARTES CENTRAL SAINT MARTINS e MA DESIGN EM ARTE MIDIA UNIVERSIDADE DE WESTMINSTER (Londres)

Duração: 77 minutos * COR * DOCUMENTÁRIO

Clipe do Fuzzly e Branco ou Tinto


Fuzzly em ação por Deborah Chaves

Saiu mais dois clipes semana passada. O primeiro, do Fuzzly, foi gravado num galpão aqui no centro e assinado pelo Studio Cabron. Além de imagens escuras da banda, dando o tom garage/stoner que é próprio do estilo dos caras, o clipe ainda tem inserts de ilustrações que surgem entre as imagens. Clique aqui para ver!

Veja:  E também, saiu o clipe do trio Branco ou Tinto, que mostra uma trama policial envolvendo assassinatos, perseguição e um show final (veja aqui). O mercado dos clipe se aquece mais ainda em Cuiabá e produções de todos os tipos, desde as mais simples, até as mais elaboradas estão pintando por ai, quem ganha com isso tudo são as bandas, que tem novos canais com o público, e também os fãs, que está cada vez mais exigente. Logo logo tem mais!


Rock no Clube de Esquina e samba no Chorinho


Banda Engenho de Dentro

Hoje tem Engenho de Dentro e Esmalthes no Clube de Esquina. Começa as 22h30. É a segunda noite do projeto Quinta no Clube, que está levando a maioria das bandas de rock independente da cidade para se apresentar com show autoral. Este é o primeiro mês de projeto, que semana passada lançou todas as datas deste mês, e a do próximo mês já está em produção. Se você nunca ouviu as bandas locais é uma oportunidade para saber mais do que rola por aqui, se já sabe das bandas daqui, então é só correr pra lá, ver as novidades das bandas. A Esmalthes, por exemplo, está preste a lançar um clipe. Se segura.

E também, no Chorinho, a cantora Luciana Bonfim puxa o bonde. Começa as 22h e é a melhor pedida pra quem quer dançar a noite toda.

CLASSIFICADO PERMANENTE DE MÚSICOS E BANDAS - Encontrei aqui!

Bandas Procuram

O baterista Odair Sigarini está procurando trompetista para um projeto tributo, quem tiver interesse dá uma ligada para ele no 9906-4452

O Matheus Albergoni (matheusalbergoni@gmail.com) é vocalista e tá sem banda. Está procurando caras pra fazer uns shows tributo de bandas como Strokes, Arctic Monkeys, Franz Ferdinand, Red Hot Chili Peppers, Rolling Stones, CAKE, Los Hermanos, Jack Johnson e por aí vai... Pega o cel do garoto (65) 92814390 http://www.facebook.com/malbergoni

O guitar man Guto Krebs está precisando de baixista. Com ele diz, alguém que tenha “
boa vontade, o mínimo de conhecimento de teoria musical, que curta tomar umas, ajude a compor, que esteja disposto a cair na correria e a tocar outros instrumentos além do baixo”. Gostou? http://www.facebook.com/guto.krebs?fref=ts

O guitarrista André Felipe Frey está montando um projeto junto com a cantora e violonista Karola Nunes. A ideia é fazer som autoral sem preconceitos e estão recrutado músicos. Quer saber mais? http://www.facebook.com/andrefelipe.frey

Banda com influências de heavy metal, hard rock eprogressivo está procurando baterista e baixista. Gostou? Entre em contato com Luiz Felipe Costa http://www.facebook.com/luizfelipe.costa.549

O Otávio Souto está montando uma banda, com o foco na musica autoral, e está precisando de baixista. Alguém se candidata? Entre em contato em http://www.facebook.com/otavio.souto.7

A cantora e compositora Flávia Pires está recrutando de um violonista. Ficou interessado, fale com ela pelo http://www.facebook.com/flaviapiresbr aproveita e dá uma sacada das músicas já lançadas pela artista.

O produtor musical Guilherme Telis está precisando de um baterista, um baixista e um tecladista para um novo projeto em parceria com a Bia Galvão. Se ficou afim manda uma mensagem http://www.facebook.com/guitelis

Músicos Procuram

O vocalista e guitarrista Andrei Serotini está procurando banda. As influências dele são Beatles, Chuck Berry, Rolling Stones, Black Crowes, Led Zeppelin, Pink Floyd, Miles Davis e por ai vai. Entre em contato no 9228-5705 ou pelo face http://www.facebook.com/andrei.serotini

o baixista Jean Franck Chipicóski acabou de chegar de Maringá e está louco para tocar por aqui. Se interessou? vai lá no http://www.facebook.com/chipicoski

O guitarrista Felipe Miranda está montando um grupo com influência de blues, rock roll, reggae, e rap, mesclar todos estes gêneros... As referências são O Rappa, Jimmi Hendrix, Charlie Brown, Pentágono, Rage Against the Machine. Se identificou? http://www.facebook.com/felipelx07

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