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Imortalidade é preço da eterna juventude. E isso não é nada bom

Autor: Especial para Olhar Conceito - Fernando Martins

21 Jun 2013 - 17:20

A atriz Meryl Streep tem uma carreira bem interessante. Apesar de ser bem sucedida e premiada na indústria cinematográfica, ela é o tipo de atriz que faz trabalhos menores apenas por diversão ou porque gostou do papel. Entre esses filmes considerados divertidos, porém sem grande valor acadêmico, está A Morte Lhe Cai Bem (1992), com a direção de Robert Zemeckis que carrega em seu currículo filmes como Contato (1997) e Forest Gump (1994).

Voltando em A Morte Lhe Cai Bem, a obra é uma comédia sobre a obsessão da beleza e o que a busca da juventude. O filme, que conta ainda com a atriz Goldie Hawn e Bruce Willis, é na verdade, uma crítica bem elaborada sobre as carreiras das eternas adolescentes de Hollywood. Devido tantas intervenções cirúrgicas, muitas delas se tornam velhas de mais para fazerem papéis de filhas, mas novas demais para serem avós. Ficam estagnadas no tempo.



Trama – Madeline Asthon (Mery Streep) é uma atriz de talento duvidoso, no entanto, bela e sedutora. Sua amiga de infância, uma premiada escritora Helen Sharp (Goldie Hawn) está prestes a se casar com o cirurgião plástico, o preferido entre as celebridades, Ernest Menville (Bruce Willis). A escritora, sempre que está apaixonada, apresenta seus namorados para Madeline, que faz questão de seduzir todos os pretendentes da amiga propositalmente. Caso o homem passe na prova “Madeline”, ele seria o marido ideal para Helen.

Mais uma vez, Madeline consegue roubar o namorado da amiga e acaba se casando com ele. Afundada em uma depressão, Helen engorda dezenas de quilos e é internada numa clínica psiquiátrica. Passado alguns anos, Madeline vive uma vida de aparências com o cirurgião plástico. O casal não dorme mais junto e não consegue passar um dia sem discussões e brigas. Certo dia, eles recebem um convite da, então, desaparecida e antiga amiga escritora para o lançamento do novo livro “Eternamente Jovem”.

Na festa, eles se deparam com uma Helen repaginada. Toda sensual, magra e com um vestido vermelho provocante, a escritora perdeu os quilos a mais, ganhou cintura e chama a atenção de todos os homens do recinto. Transtornada com o novo visual da amiga e se sentido muito velha, Madeline vai até a mansão de uma mulher bem recomendada por um amigo que tem um tratamento muito bom anti-age. Com 71 anos, mas com corpo de 24, Lisle Von Rhoman (Isabella Rosselini) oferece a Madeline uma poção mágica.



Ao beber o líquido, a atriz se rejuvenesce, mas não sabe os efeitos colaterais dessa magia: a imortalidade, não importa o que acontecer com seu corpo. É aí que começa todo o filme com pescoços quebrados, tiros na barriga, muitas referências a artistas como Elvis Presley e Marylin Monroe, que também seriam clientes da feiticeira. O filme transpõe a ideia que todos têm sua hora de partir e que a imortalidade está no que deixamos no mundo e nos nossos filhos. Uma mistura de terror e comédia muito bem recomendada.

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