As comunidades indígena e acadêmica têm vivenciado um encontro especial durante esta semana no VI Encontro Indígena, no Museu de Pré História Casa Dom Aquino. O evento que chega ao terceiro dia, reúne representantes de pelo menos oito etnias indígenas e tem levado ao local centenas de pessoas diariamente. O ingresso para a participação custa cinco reais mais 1 kg de alimento não perecível.
Para a esta quarta-feira (17) está reservada uma curiosa atividade que combina os conhecimentos acadêmicos e indígenas. Além das atividades nos períodos matutino e noturno, que envolvem oficinas, projeção de vídeos, danças e mesas com apresentações das etnias; durante a noite, acontece uma atividade extra. O professor doutor do Instituto de Física da UFMT, Denilton Carlos Gaio, vai desenvolver a observação astronômica “Ora Direis, Ouvir Estrelas”, que contará com a participação de lideranças indígenas. Eles vão contar como observam o céu.
Entre as etnias presentes neste Encontro estão os Bororo, Karajá, Pareci, Xavante, Waurá, Mehinako, Kuikuro e Bakairi. A Eletrobras/Eletronorte é uma das patrocinadoras do Encontro pela primeira vez, mas tem em seu histórico ações voltadas aos povos indígenas. Há mais de vinte anos, por exemplo, contemplaram as etnias Waimiri Atroari e Parakanã através de um programa criado especificamente para elas.
Esses povos, antes do desenvolvimento do programa, tinham populações mínimas, que se multiplicaram com a execução das ações nos últimos anos. “Em conjunto com a Funai, desenvolvemos ações nas áreas de saúde, educação, segurança e produção de alimentos. Esses povos indígenas, atualmente, têm um sistema de organização social que é uma aula de cidadania”, destacou Solange Maria da Silva, executiva da Eletronorte.
A maior parte do público que tem comparecido ao evento é estudantes na faixa etária entre 10 e 15. Por lá, índios e jovens interagem de forma espontânea e informal. Índios utilizam seus trajes e suas pinturas corporais; apresentando suas manifestações culturais e respondendo a dezenas de perguntas que os estudantes fazem. Na terça-feira (16), durante o segundo dia do Encontro, um grupo de alunos subiu ao palco e participou da dança de um grupo indígena xinguana, protagonizando uma valorosa paisagem emocional. Estudantes do IFMT, Colégio Aptus, do São Gonçalo e das escolas Tancredo Neves e Rafael Rueda estiveram na Casa Dom Aquino nesta terça-feira (16/04).
O Museu Dom Aquino fica na Avenida Beira Rio, à beira Rio, próximo ao estacionamento da Universidade de Cuiabá. Mais informações pelo telefone 3634 4858.