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Segunda-feira, 29 de abril de 2024

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40 anos de serviço púbico

A memória de um patrimônio fotográfico de MT chamado Lenine Martins

Foto: Secom MT

A memória de um patrimônio fotográfico de MT chamado Lenine Martins
Homenagem mais que merecida a Secretaria de Estado de Comunicação (Secom-MT) fez por meio de um texto assinado pelo jornalista João Bosquo ao mais antigo dos seus funcionários, o fotógrafo Lenine Martins, que este ano completa 40 anos de serviço público. Em dezembro ele faz 58 anos de idade.

Lenine entrou na assessoria de imprensa do Estado em 1971 durante a gestão do então governador José Fragelli. De lá pra cá viu entrar e sair nove governadores dos quais eternizou as gestões por meio dos seus registros fotográficos.

Confira a íntegra da matéria publicada na Secom abaixo:


Qual foi a primeira fotografia publicada nos jornais, Lenine Martins, não se lembra. Ele calcula que essa foto já tem mais de 35 anos. Deve estar em alguma hemeroteca, de alguma coleção dos antigos jornais mato-grossenses: “Correio da Imprensa”, “Diário de Cuiabá’, jornal “Equipe” ou “O Estado de Mato Grosso”. Desses, o único que continua em circulação é o Diario de Cuiabá. Todos esses jornais, assim como outros que vieram, independente da efemeridade de suas circulações, publicaram em alguma edição um registro fotográfico de Lenine Martins, que este ano completa 40 anos de serviço público. Em dezembro ele faz 58 anos de idade.

Repórter fotográfico da Secom (Secretaria de Comunicação do Governo do Estado) desde quando ela era apenas um serviço de assessoria, viveu a evolução do órgão que passou por várias mudanças até tornar-se uma secretaria de Estado. Ele vivenciou todos esses estágios.

Lenine, é bom esclarecer, é de Rosário Oeste, conforme consta no registro de nascimento realizado pelo pai, Argemiro e a mãe, Petronila (dona Pitu), no cartório de registro civil daquele município. O parto, contudo, se deu na Maternidade da Santa Casa de Misericórdia, em Cuiabá, no ano de 1955. Naqueles anos era assim. A maioria das parturientes de Diamantino, Nossa Senhora do Livramento, Nobres, Poconé, Várzea Grande, quando podiam vinham para Cuiabá e voltavam com o nenê no colo para ser registrado na sua cidade de origem.

A partir de quatro meses, Lenine Martins, viveu no sítio da família e aos 8 anos muda-se para a sede do município e vem terminar o ensino primário, admissão e fazer o ginasial. Aos 14 anos, guri, quase homem feito, antecipando a um projeto da família, vem na frente, para morar em Cuiabá e fica hóspede na casa de uma tia. A meta era trabalhar, primeiro, e estudar; enquanto esperava os pais mudassem para a capital, o que aconteceu no início do ano de 1972.

Foi nesse período, anos 70, que o amigo Messias, da Guarda Mirim, morador do antigo Terceiro, região do bairro do Porto, funcionário da assessoria de imprensa anunciou para o jornalista José Eduardo do Espírito Santo, então assessor de Imprensa do Governo José Frangeli (1971-1975), que queria sair do emprego. Zé Eduardo, como era chamado, disse que não tinha problema desde que arrumasse outro para ficar no lugar. Messias indicou então Lenine Martins.

Lenine começa na assessoria de Imprensa, embora o contrato tenha sido feito pela Casa Militar – como office-boy, ou o faz-tudo, e o primeiro contato com a imprensa foi a confecção de boletins, cuja impressão era no mimeógrafo Gestetner, depois de montado começava a ‘via crucis’ para entregar em todos os veículos de imprensa.

Os primeiros a receber eram a Rádio A Voz do Oeste, que ficava ao lado do Palácio Alencastro, Cultura, na Galdino Pimentel, depois a TV Centro América, seguindo os demais: Rádio Difusora, jornais Diário de Cuiabá, Correio da Imprensa, de Jota Maia; Equipe, de Vinícius Danin; O estado de Mato Grosso, de Pedro Rocha Jucá, na Cursino do Amarante, em cujo prédio mais tarde, abrigou o jornal A Gazeta.

Na sequência, os boletins eram entregues nos órgãos públicos: Cemat, Sanemat, Dermat, e na residência do vice-governador. Isso tudo era feito à pé. Essa rotina só foi ser alterada no governo de José Garcia Neto (1975-1979), quando a sede do governo mudou para o Centro Político Administrativo (CPA) – com a inauguração do Palácio Paiaguás, em 1975. A rotina continuava a mesma: redação, datilografia do estêncil e impressão no mimeógrafo. A entrega, até por conta da distância, passou a ser feita de carro.

No governo de Frederico Campos (1979-1983), com Onofre Ribeiro, como assessor de Imprensa, Lenine passa a ter contato com a fotografia... Tornou-se Auxiliar Fotográfico. Revelava e fazia cópias das fotos escolhidas, feitas pelos mestres, grandes fotógrafos e professores: Eurípedes “Nenê” Andreatto, e Laércio Ojeda.

Quando Nenê Andreatto foi para prefeitura de Cuiabá e Laércio Ojeda ficou sozinho no governo estadual Lenine que era um laboratorista e conhecedor dos processos fotográficos começou a se aventurar e a pegar na máquina fotográfica para fazer registros. Primeiro foi uma Minolta e depois a Pentax... Foi permeando por aí que aconteceu a primeira fotografia publicada em jornal.

Nos governos seguintes: Júlio Campos (1983-1986), Wilmar Peres (1986-1987), Carlos Bezerra (1987-1990), Edison de Freitas (1990-1991), Jaime Campos (1991-1995), Dante de Oliveira (1995-2002), Rogélio Salles (2002-2003), Blairo Maggi (2003-2010) e Silval Barbosa, sempre atuou ao lado de grandes companheiros, como Nenê, que volta para o governo, Osmar Cabral, Vanderlei Meneguini, Jupirany Devillart, Otmar de Oliveira, José Luiz Siqueira, Mário Villela, Marcos Bergamasco, Guilherme Filho, Lina Faria, entre tantos e mais recentemente com Edson Rodrigues, Marcos Negrini, Marcos Vergueiro, Ednilson Aguiar, Josi Pettengill e Mayke Toscano.

O trabalho de Lenine, está registrado na história da fotografia de Mato Grosso. Quando do lançamento do jornal A Gazeta, há 22 anos, foi uma foto sua que ilustrou a campanha do jornal. Também foi ele o primeiro Repórter Fotográfico a se eleger para a diretoria do Sindicato dos Jornalistas de Mato Grosso.

Lenine, além dos compromissos, gosta de fotografar a natureza, com destaque para as orquídeas, e gente, gente de todos os nortes. São fotos paralelas que faz junto ao dia-a-dia de repórter-fotográfico da Secom.
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