Nick, um rapaz de 23 anos, foi perseguido no metrô de Luton, a 50 km de Londres, na Inglaterra, por ser homossexual. Em um programa de rádio da BBC, ele contou o ocorrido e afirmou que comentários e olhares são comuns quando ele e o namorado saem de mãos dadas nas ruas. O radialista Iain Lee ficou chocado ao saber que agressões diárias são comuns para homossexuais e, incomodado com a situação, ele decidiu ser “homossexual por um dia” e sentir na pele a homofobia.

Com um câmera bastante discreto, Lee elegeu Justin Dealey como seu namorado e os dois saíram de mãos dadas pelas ruas da cidade. “Nós andamos por cerca de três ou quatro minutos e as pessoas olharam, definitivamente as pessoas olharam“, afirma ele. Adolescentes debocharam do suposto casal e um pai chegou a tirar a filha do caminho para que ela não visse os dois. Enquanto desciam uma das ruas, um garoto fez cara de nojo e teceu comentários maldosos. A dupla foi atrás dele e, com microfones da BBC em mãos, perguntou o porquê de ele fazer isso. “Eu achei nojento. Eu apenas acho que é errado para dois homens. Eu apenas acho que é nojento“, respondeu enquanto segurava seu próprio órgão genital por cima da calça– “Isso você não acha nojento?”, provocou o radialista.

A homofobia está em todos os cantos e só não enxerga quem não quer. Não se trata apenas de apontar quantos homossexuais são mortos todos os dias, mas de mostrar o quão incômodo e opressor é você andar de mãos dadas na rua com seu namorado ou namorada e precisar enfrentar comentários e caras de desaprovação. Isso também é uma forma de agressão. “Com certeza foi desconfortável. Ao passo que sei que se eu estivesse com uma garota segurando mãos, nada disso teria acontecido. Estou surpreso e desapontado“, finaliza Lee.

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