Desde que o homem se entende por homem, ele olhava para o céu. No começo, os fenômenos astronômicos, até mesmo os mais simples, como o movimento da terra em relação ao sol, era descritos com base na observação à olho nu e nem sempre eram precisos.

Mas mesmo assim, o céu e todos os corpos celestes exerceram e ainda exercem certo fascínio nas pessoas. Com a invenção do telescópio pelo neerlandês Hans Lippershey em 1608 e depois de seu aperfeiçoamento com Galileu Galilei em 1609, nasceu a astronomia moderna. E o encantamento e surpresas quando se olha para o céu aumentam, crescem e se desenvolvem ainda mais ao longo dos séculos.

No entanto, aqueles que não possuem qualquer conhecimento técnico ou até mesmo teórico de astronomia e seus fenômenos, não vão ficar de fora do evento raro e belo que acontece no final deste mês e que poderá ser visto de Cuiabá.

Observar um cometa não é uma oportunidade que aparece todos os dias. Pode ser que aconteça uma ou duas vezes na vida de uma pessoa. No entanto, em novembro e dezembro, a população mundial, incluindo os moradores de Mato Grosso, serão presenteados com a passagem de quatro cometas.

Os cometas Encke, Lovejoy, Ison e Linear já são visíveis através de pequenos telescópios. Mas para aqueles que não possuem o equipamento, o astrônomo amador Eduardo Baldaci irá montar um posto de observação nos dias 23 e 24 de novembro no distrito Aguaçu, em Cuiabá.

A quantidade de participantes, no entanto, será limitada para garantir a qualidade do evento.

“Para a Observação do céu de qualidade é preciso segurança mínima e pouca luminosidade. Ninguém poderá entrar sem antes fazer seu registro com o número de seu RG e a placa do veículo utilizado. Além disto, teremos um treinamento básico ensinando como se comportar com o uso de câmeras fotográficas e flash em ambientes de observação científica”, explica Baldaci, que já tem experiência de observação de 5 cometas em seus 31 anos de trabalho na astronomia.

A visibilidade de cometas sempre causou furor nas comunidades, nem sempre positivas. Civilizações antigas associavam a passagem do corpo celeste à guerras, surgimento de pestes e desastres naturais.

No ano de 1997, durante a passagem do cometa Hale-Bopp, um dos maiores e mais brilhantes do século XX, que pôde ser observado a olho nu durante 18 meses, seguidores de uma seita americana cometeram suicídio coletivo por acreditarem se tratar de uma nave extra-terresta.

Agora em 2013, com a passagem de 4 cometas simultaneamente, há chances de ocorrerem associações com fenômenos naturais iguais ao furacão das Filipinas. “Nem todos os 4 cometas serão visíveis à olho nu, pois eles possuem estruturas e órbitas diferentes. Nem mesmo temos certeza se o ISON e o Lovejoy serão espetáculo. O que nos cabe é observar e torcer pelo melhor, já que teremos um congestionamento de cometas jamais visto”, conclui Eduardo Baldaci.

Serviço

Para garantir sua vaga nos postos de observação, entrar em contato com Eduardo Baldaci clicando aqui, pelo email astronomo@eduardobaldaci.com ou telefones (65) 99686642 /92128935.