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Segunda-feira, 29 de abril de 2024

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Câmara dos Deputados faz maratona hacker a partir desta terça

A Câmara dos Deputados promove a partir desta terça-feira (29) a 1ª Maratona Hacker (Hackaton 2013). O concurso, que vai contar com a participação de 50 concorrentes, segue até sexta (1º) e estimula a criação de aplicativos que poderão ser usados na página da Câmara na internet para facilitar a divulgação de informações públicas com maior transparência. Hackers são programadores que desenvolvem novas ferramentas de informática para governos e empresas, sem a intenção de causar danos aos sistemas existentes.

Segundo a assessoria da Casa, os aplicativos vão ajudar a criar uma intereção maior entre os cidadãos e a Câmara. Um prêmio de R$ 5 mil, patrocinado pelo Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo Federal e do Tribunal de Contas da União (Sindilegis), será concedido para os três primeiros lugares. A 1ª Maratona Hacker é organizado pela Câmara e pelo Sindilegis. A comissão avaliadora é formada por deputados, servidores da Câmara, jornalistas e especialistas na área de Tecnologia da Informação.

Na terça-feira, dia de abertura, haverá debates e explicações de como funciona a Câmara, quais as principais ações da Casa em tecnologia da informação e na partipação dos cidadãos.

Durante o evento, o Salão Branco da Câmara vai se transformar em um "ambiente hacker" com projetores, acesso wi-fi à internet, sofás e mesas. Será o local em que os participantes deverão desenvolver os aplicativos. Cada concorrente terá à disposição apenas informações já presentes no portal da Casa.

A princípio, os projetos criados não terão integração com os sistemas da Câmara. De acordo com a assessoria da Casa, os trabalhos serão analisados tecnicamente e passarão por avaliação sobre se podem ou não ser fundidos com o sistema do Congresso.

O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), deve participar de encontros informais com os participantes da maratona. Os deputados Paulo Pimenta (PT-RS), um dos avaliadores do concurso, e Alessandro Molon (PT-RJ), relator da PL do marco civil da internet, que estabelece direitos e deveres de usuários e provedores, devem falar sobre softwares e transparência de dados de parlamentares.

Outros concursos
A iniciativa da Câmara não é a primeira do gênero a ser promovida por órgãos públicos. A prefeitura do Rio de Janeiro promoveu uma hackthon em setembro deste ano, na qual competidores desenvolveram aplicativos para melhorar o funcionamento da Central de Reclamações da Prefeitura. O projeto vencedor, que deve ser implementado, segundo o governo municipal, é um aplicativo que localiza vagas de estacionamento, indica a quantidade de vagas disponíveis e mostra, por exemplo, buracos na rua de interesse do cidadão.

Marco civil
A maratona hacker acontece na mesma semana em que pode ser votado, no plenário da Câmara, o projeto de lei que cria o Marco Civil da Internet. O líder do PT na Casa, deputado José Guimarães (CE), disse que o partido vai defender a votação da proposta que estabelece regras e punições em casos de invasão de dados privados na web. No passado, houve tentativas em plenário de votar a proposta, mas o PMDB obstruiu. O movimento pela votação do texto ganhou força após as denúncias de que o Brasil teria sido alvo de espionagem pelo governo dos Estados Unidos.
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