De segunda a sábado, religiosamente às 6h, Carlos dos Santos Guimarães e Maria José da Silva, de 42 e 41 anos, montam a barraca usada para a venda de bolo de arroz, queijo e outros quitutes, que podem ser acompanhados de chá de erva-cidreira ou do tradicional cafezinho. Não demora para os clientes se aglomerarem em volta do casal na busca de um café da manhã cuiabano vendido na avenida Presidente Marques, perto do bairro Araés, em Cuiabá.  

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Carlos nasceu em Rondônia, mas explica que se viveu dois anos de vida lá, “foi muito”. Já Maria é de Nobres (123 km da Capital). Os dois sempre trabalharam como autônomos e o “cuiabano de coração” conta que aprendeu a receita de bolo de arroz com um amigo. 

“Eu faço o bolo de arroz, a esfiha e o pão italiano. O bolo de queijo nós pegamos pronto e só assamos. A minha especialidade mesmo é o bolo de arroz. Aprendi a receita com um amigo há uns 15 anos. Tinha tentado fazer por outra receita, mas a que ele me ensinou foi certeira. Fui aperfeiçoando e melhorando cada dia mais”. 

Carlos e Maria vendem os quitutes cuiabanos na avenida Presidente Marques, nos fundos da TV Centro América, em Cuiabá. (Foto: Bruna Barbosa/Olhar Direto)

O casal perde a conta de quantos bolos de arroz são vendidos por dia. Vez ou outra, o “estoque” acaba e eles precisam voltar para casa para assar mais. A banca de quitutes cuiabanos fica montada em frente a residência do casal, na mesma avenida, onde também improvisaram um espaço para os clientes sentarem para comer. 

O ponto de vendas na frente de casa surgiu há dois anos, como uma ferramenta de sobrevivência quando Carlos precisou ficar sem trabalhar durante duas semanas por problemas de saúde. 

“Há quase 10 anos moramos aqui de aluguel mesmo. Está ajudando a melhorar, graças a Deus. Estamos trabalhando e esperando que as coisas aconteçam. Só das pessoas gostarem e continuarem vindo, já vale”. 

Conhecidos na região por conta do bolo de arroz que vendem todas as manhãs, Carlos brinca que sempre reconhece um vizinho ou outro fazendo pedidos. Com a chegada de novos clientes, a filha do casal começou a ajudar, mas Carlos ressalta que ela precisa estudar. “Vou apoiar no que ela quiser fazer”, afirma. 

Carlos e Maria trabalham das 6h às 10h e, durante a tarde, eles abrem das 15h às 18h. Aos sábados a venda de bolo de arroz acontece apenas pela manhã.