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Segunda-feira, 29 de abril de 2024

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ARTE E CULTURA POPULAR

MACP e MAS-MT realizam exposição coletiva "À flor da Pele: Arte Negra no Museu" em Cuiabá

Foto: Reprodução/Instagram

Os artistas expositores Paty Wolff e Gervane de Paula

Os artistas expositores Paty Wolff e Gervane de Paula

O Museu de Arte e de Cultura Popular (MACP) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) em parceria com o Museu de Arte Sacra de Mato Grosso (MAS-MT) realizam a exposição coletiva “À Flor da Pele: Arte Negra no Museu”, dedicada a artistas negros mato-grossenses. No MACP o evento conta 70 obras que ficarão expostas a partir do próximo dia 28, de segunda a sexta-feira, das 13h às 19h. Já no MAS-MT as visitas às 25 obras acontecem desde o último dia 16, de quarta a domingo das 9h às 17h. 

Quem visitar a exposição terá contato com obras de grandes nomes das artes plásticas mato-grossense como Gervane de Paula, Paty Wolff, Paulo Pires, Adão Silva / Babu 78, Elaine Fogação, Rodolfo Luis, Sol Ferreira, Vânia de Paulo, Nilson Pimenta, Benedito Nunes, Osvaldina dos Santos, Clínio de Moura e o artista Baiano Rubem Valentim in memoriam Alcides Pereira dos Santos. 

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Na programação haverá também rodas de conversa, exibição de filmes, e visitas guiadas para escolas e demais grupos. A acessibilidade desta mostra está sendo realizada em parceria com o Núcleo de Acessibilidade e Inclusão (NAI) da UFMT. Os agendamentos podem ser feitos pelo e-mail macp.procev@ufmt.br ou pelo telefone (65) 3313-8355.

O Supervisor do MACP, professor Carlos Eduardo Amaral de Paiva, conta que a exposição “À Flor da Pele: Arte Negra no Museu” segue em ambos os museus até o mês de janeiro, com a curadoria de Ludmila Brandão e Gervane de Paula, e expografia de Serafim Bertoloto e Viviene Lozi.  

“A exposição marca a reabertura do museu depois de dois anos fechado em decorrência do isolamento. É uma exposição com jovens artistas  e artistas canônicos que possuem suas obras no acervo do MACP.  A exposição busca o diálogo entre gerações de artistas negros e negras que passaram pelo museu”, explica complementando que há obras de alguns dos artistas desse primeiro movimento realizado no MACP, bem como jovens e atuantes artistas negros que hoje fazem o duro trabalho de serem incluídos no sistema artístico nacional.  

Para a curadora Ludmila Brandão a exposição se destaca pela natureza irruptiva do movimento negro que enfim habita o espaço público. “ Em 1988 o MACP sediou a exposição chamada Negra Sensibilidade com trabalhos de nove artistas negros (uma mulher) em uma espécie de homenagem de um museu universitário a esses operários da arte. Esta exposição não é uma homenagem. É, ao contrário, uma ocupação, uma irrupção ético-estética que toma de assalto o sistema de arte com seus cubos brancos e artistas igualmente brancos, quase todos homens, até então”, destaca. 

Artes, diálogos e resistências

Ainda de acordo com Ludmila Brandão, a exposição, coloca ao lado dos artistas que participaram da exposição de 1988, presentes no acervo do MACP, os jovens artistas que com o tema negritude hoje se movimentam entre a arte e a política, entre a introspeção e a insurreição, trazendo para o museu, de modo a que todos ouçam, seus gritos à flor da pele. 
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