De volta a Mato Grosso após um período de intercâmbio e pesquisa no Ceará, o designer e performer
Lucas Koester retorna a Cuiabá com novo solo presencial, no ano em que comemora 10 anos como coreógrafo a frente do coletivo imaginário flutuante
BRECHÓCollectives. Por meio de um financiamento coletivo que segue aberto, Lucas procura engordar a
Vakinha para a estreia neste fim de semana com o solo “FACIENDA”: uma dança celebração húmus sapiens, de sabedoria de lida com a terra, de agradecimento ao sustento que vem da coleta do plantio, do cultivo. O espetáculo será apresentado pelo artista nos dias 6 e 7 de agosto, no espaço Casa Cuiabana, a partir das 17h30. Os ingressos que serão vendidos no local custam $20, ou, meia solidária $10 + doação de Alimento não perecível e itens de higiene destinados ao coletivo Casa das Pretas para distribuição.
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Em 2012, fruto de uma residência artística com Clara Trigo (BA), Lucas Koester, Elka Victorino, João Manuel Mota e Maiara Barbant estrearam o BRECHÓ, como primeiro experimento cênico nas fronteiras dança/moda que viria, posteriormente, nomear o coletivo flutuante, que a cada trabalho passa por variadas formações, entre fotógrafos, figurinistas, performers e artistas visuais.
Ao fim de 2021, devido a uma série de situações e tristezas que tocaram grande parte dos artistas brasileiros, o corógrafo tentou suicídio em Fortaleza. Lucas foi socorrido por amigos e resgatado pela família. Ele foi levado a uma comunidade terapeutica em Poconé, onde passou de dezembro a março de 2022.
Durante o período na fazenda, reativando a ligação com a terra e afazeres de subisistência, especialmente abraçado pelo carinho dos demais acolhidos da comunidade, e refletindo sobre fé, trabalho e vida, Lucas iniciou a criação de um novo solo.
“Para dançar a céu aberto, olhando pras estrelas em chão batido sabe? pra dançar debaixo das árvores”, disse.
Ainda na fazenda, encontrou um dicionário e procurou o verbete onde este aparece como sínônimo de caráter, conjunto de bens e haveres, dinheiro tesouro público, espaço rural destinado a grande cultura, mulher bonita, tecido, mercadorias.
“FACIENDA” do latim gerúndio de faciere. Face, Facer, fazer, fazeres, afazeres, afeito, afeição, afeto, feto. Ao sair da fazenda, permaneceu na pesquisa a partir das experiências de lida diária com o campo, horta, fogão a lenha e os cachorros que corriam por toda a propriedade.
Por meio de um financiamento coletivo que segue aberto, o coreógrafo procura engordar a Vakinha para a estreia neste fim de semana com o solo “FACIENDA”: uma dança celebração húmus sapiens, de sabedoria de lida com a terra, de agradecimento ao sustento que vem da coleta do plantio, do cultivo.
Dias 6 e 7 de Agosto à partir das 17:30 na Casa Cuiabana (Av General Valle ao lado do Pronto Socorro) para vermos o sol se pôr juntos
Ingressos a $20 ou meia solidária $10 + doação de Alimento não perecível e itens de higiene destinados ao coletivo Casa das Pretas para distribuição.