O novo curta metragem de Luiz Borges que explora as tensões psicológicas dos personagens que transitam em três núcleos dramáticos que abordam os temas oriundos dos impactos da pandemia, Ângelus Novus Anuncia na Boca da Noite a Derrocada do Anticristo, será lançado nesta quarta-feira, dia 6 de abril, no Teatro Zulmira Canavarros, às 20 horas. O lançamento da obra faz parte das atividades da comemoração de 303 anos de Cuiabá.
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Aumento da violência doméstica, abandono da infância, suicídio, negacionismo e mercantilização da fé serão as temáticas abordadas em cada um dos núcleos. Para Borges, a tensão psicológica que permeia os 21 minutos do curta demonstra um dos momentos mais “desafiadores e trágicos dos últimos anos”, destacou o diretor.
Luiz ainda reforça sobre o olhar para as ruínas do passado para que elas não se repitam no futuro, para contar a história de um palhaço idoso e homossexual que vive solitário com seu cachorro devido ao fechamento do circo por conta do Lockdown; de uma mulher negra, mãe solo, que perde seu negócio e tem que voltar a viver com sua família em meio a relações conturbadas; e de um pastor que nega a existência da pandemia, se infecciona por Covid-19 e esconde a informação de sua família.
Sobre o Diretor
Luiz Borges é cuiabano e tem grande contribuição à cultura mato-grossense. Doutor pela Universidade Brasília, pesquisador, escritor e cineasta, também assina as 20 edições do Festival de Cinema e Vídeo de Cuiabá, um projeto idealizado por ele na década de 1990.
Além de já ter atuado como produtor de filmes dos cineastas de Mato Grosso, Bruno Bini e Glória Albuês – em Baseados em Fatos Reais e Nó de Rosas, respectivamente -, teve importante contribuição também, na produção dos longas-metragens Mario, de Hermano Pena e Latitude Zero, de Toni Venturi.
Ele também é roteirista e diretor do curta-metragem A Cilada com os Cinco Morenos, que lhe rendeu o prêmio de Melhor Filme no 4º Brazilian Filme Festival of Miami, em 2001. Borges é servidor da UFMT lotado no Núcleo de Documentação e Informação em Histórica Regional (NDIHR).
Produção
A equipe de arte do filme ficou sob a competência de Júlio Tavares; na direção de som Yuri Kopac; a trilha sonora original músico Danilo Bareiro deu embalo e ritmos a montagem fragmentada de imagem e som realizada pelas mãos de André Luis da Cunha, também diretor de fotografia do filme, e Micael Guimarães. Os demais 35 membros da equipe são genuinamente profissionais de Mato Grosso. A produção executiva é assinada por Daniele Borges e a direção e Produção de Paula Dantas.
O filme foi realizado através do edital da Lei Aldir Blanc, Governo de Mato Grosso, via Secretaria de Estado de Cultura, Esportes e Lazer (Secel-MT) e em parceria com o Governo Federal, via Secretaria Nacional de Cultura do Ministério do Turismo.
Teve como importantes patrocinadores culturais o Instituto de Geografia, História e Documentação da Universidade Federal de Mato Groso, a Assembleia Social da Assembleia Legislativa do Estado, o Teatro Zulmira Canavarros e a Secretaria Municipal de Cultura de Cuiabá. Como importantes apoiadores culturais teve a Prefeitura Municipal de Chapada dos Guimarães/Secretária de Cultura, Turismo e Meio Ambiente, as pousadas Vento Sul, do Didi, Bom Jardim, Hotel Turismo, a Latitude Filmes e Equipamento, Fazer Bem e Casa Aldeia.