A banda Calorosa lançou o EP “Pacu e Pequi”, banhado em boa dose de humor aliada a acidez, na última sexta-feira (24). O disco, financiado pela Lei Aldir Blanc, por meio do edital municipal de Cuiabá, nasceu em meio a pandemia do novo coronavírus, rendendo inúmeras pesquisas, trocas, proposições de ideias e diálogos iniciados em 2020.
O projeto tomou forma com a semente de uma vontade antiga da artista Karola Nunes, que desde o seu disco "Somos Som", em uma faixa que conta com acordes de viola de cocho, quis se aprofundar nas raízes culturais mato-grossenses.
"Não era algo próximo da minha realidade, apesar dessa vontade. O mais perto disso que chegamos foi convidar o Abel dos Anjos para tocar a viola de cocho em uma faixa, foi então que resolvi fazer a proposta de fusão sonora, como o reggae e esses outros ritmos", pontua.
O projeto começou a sair do papel efetivamente em fevereiro de 2021, quando a banda começou a se encontrar presencialmente. Após horas de ensaios, fizeram a criação e composição das músicas, que, por fim, renderam a gravação do EP em estúdio. Para mostrar como foi esse processo de criação, um mini documentário foi lançado no YouTube, que conta com uma audiodescrição.
A identidade visual assinada por Hugo Alberto, que explora símbolos tradicionais da cultura cuiabana. A produção musical é coletiva e assinada pelos integrantes da banda. Já a mixagem e masterização é de Wel Ribeiro.
A banda
A maior parte dos integrantes da banda são músicos que se apresentam nas noites cuiabanas. Augusto Krebs e Karola Nunes assumiram as guitarras, Paulinho Nascimento no contrabaixo, Vinícius Barros na bateria e Bruno el Joe nos sintetizadores e samples. Os vocais são explorados por todos os integrantes da banda. Ainda na gravação do EP foram convidados os músicos Fernando Reis (Sax), Alaécio Martins (Trombone) e Virgílio Ribeiro (Percussão).
Com a intenção de dar continuidade aos trabalhos, a formação musical também acaba sendo um coletivo aberto para experimentações, convidando compositoras e compositores da cena local para construir coletivamente suas obras dentro desta proposta.
As principais misturas são rasqueado, lambadão, reggae, eletrônico e bastante apelo ao pop. A Calorosa, criou uma linguagem própria, evocando uma estética sonora que desafia a classificação, mas que materializa o momento e a história mato-grossense.
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