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Segunda-feira, 29 de abril de 2024

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Triângulo do Medo: voltar ao passado pode ser assustador

Frases clichês sobre arrependimento não faltam. Principalmente aquelas que pregam que não devemos se arrepender de nada e coisas assim. Na minha opinião, isso é tolice. Apesar dos erros serem importantes para o progresso da vida, isso não significa que o arrependimento é desnecessário. O filme australiano Triângulo do Medo (2009) trabalha bem esta questão de forma bem surreal. Se você pudesse voltar ao passado para corrigir algo em sua vida? Você toparia? Ou prefere deixar sua vida do jeito que está? Como essa oportunidade não existe na vida real, a Sétima Arte fez questão de materializá-la.

Jess é uma mãe dedicada e faz de tudo para satisfazer as necessidades do filho deficiente. Para aliviar um pouco desse estresse, ela resolve velejar com um grupo de amigos enquanto o filho está na escola. Ao chegarem a certo ponto do oceano, o pequeno barco a vela enfrenta uma tempestade e naufraga. A salvação é um transatlântico que aparece do nada e, embora todos sejam abrigados por um desconhecido, os amigos começam a morrer um por um. Quem lê a sinopse pode até desconfiar que o filme é mais um da linha “serial killer”, cujo o assassino é revelado apenas no final. Engana-se.



Triângulo do Medo é bem mais do que isso. É uma película de suspense e cheia de quebra-cabeças que o espectador irá montar aos poucos com pequenas revelações a cada cena. O filme pode lembrar um pouco o sucesso “Efeito Borboleta”, cujo enredo é a busca de ajeitar o futuro corrigindo o passado. Discussões sobre o Triângulo do Medo invadem os sites sobre cinema. Cinéfilos apontam que durante o filme aparecem quadro que remete a mitologia grega e outros símbolos que denunciam toda uma teoria.

De acordo com o site Mundo dos Cinéfilos, o título “triângulo” refere-se a região do Triângulo das Bermudas e todas suas lendas. “É desse contexto que o filme se vale, visto que em alto-mar – no triângulo – estranhos eventos acontecem: sumiço repentino do vento; tempestades elétricas e, por fim, o aparecimento de um novo navio, uma espécie de navio-fantasma, em cujo interior transcorrem os maiores devaneios da trama”, descreve o site. Uma dica àqueles que curtem navegar mentalmente em filmes produzidos além dos mares americanos.

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