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Sexta-feira, 10 de maio de 2024

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ex-Dona de casa

Confeiteira sucesso em Cuiabá descobriu dom vendo programa de culinária

Foto: Olhar Conceito

Marli e seu bolo decorado com chantininho e coelhinho de pasta americana

Marli e seu bolo decorado com chantininho e coelhinho de pasta americana

Foi assistindo ao programa ‘Note e Anote’, da TV Record, que a paranaense Marli Bormann, hoje com 44 anos, descobriu sua maior paixão. Casada desde os 16, ela procurava, aos 25, algo para sair da mesmice do dia a dia. Anos depois, formada em gastronomia e prestes a ingressar em uma pós-graduação em confeitaria, ela relembra os anos em que levou suas próprias receitas à TV e os cursos que ministrou em Cuiabá.


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“Eu nasci com o dom, só que eu só descobri que podia ganhar dinheiro com isso quando eu tinha 25 anos”, conta. Segundo Marli, seu talento chamou a atenção de amigos e vizinhos, que a incentivavam a abrir um restaurante, o que ela nunca tinha imaginado fazer.

Até que, um dia, uma vizinha lhe apresentou o programa ‘Note e Anote’, na época, apresentado por Ana Maria Braga. “Eu comecei a assistir, mas eu não conseguia ficar assistindo. Eu me irritava com a Ana Maria rindo. Mas o problema não era com ela, era comigo”.

Marli Bormann (Foto: Olhar Conceito)

Foi quando Marli assistiu pela primeira vez um programa com a participação da confeiteira Isamara Amâncio que tudo mudou em sua mente. “Eu sei que era um bolo decorado, e foi isso que me encantou. Aquela decoração linda, pra mim ainda era novidade. Depois disso, todos os dias em que eu sabia que ela estava lá, eu ficava na frente da TV, anotando receitas e dicas. Quando eu achei que já dava pra eu fazer alguma coisinha melhor, coloquei uma plaquinha na frente da minha casa e comecei a fazer bolos”.

Ainda sem experiência, Marli penou para atrair clientela, saber quanto e o que cobrar, e para aperfeiçoar sua técnica. Precisou fazer um curso, em Várzea Grande mesmo, pago pelo marido. “Mas não era dentro do que eu queria. Eram bolos, mas com aquela decoração simples, básica. Assistindo ‘Note e Anote’, descobri que aqueles chefs todos que participavam também davam cursos, e parti pra São Paulo”.

Na capital paulista, ela realizou o sonho de fazer um curso com Isamara, e fez também com outros chefs renomados, como Valmir Rodrigues e Álvaro Rodrigues. Quando voltou, teve sua primeira experiência na televisão, no programa ‘Revista da Manhã’. “Mas eu era muito, muito tímida, então no dia que eu fui lá eu quase desmaiei. Fiquei tremendo, e eles me chamaram essa vez e não chamaram mais”.

Empenhada em continuar sua carreira, Marli se inscreveu em um concurso do mesmo ‘Note e Anote’ que assistia, que premiaria uma pessoa de cada região do país. “Não tinha nada a ver com confeitaria, mas dava uma premiação boa e eu resolvi participar”, lembra. “Era um concurso de molhos pra massas. Eu tinha criado uma receita em casa, e meu esposo não gostou, mas meus filhos amaram, e meu irmão e minha cunhada também tinham vindo e amaram. Era um molho de maracujá com frango desfiado”.

Diante da negativa do marido, Marli estava decidida em não mandar a receita, mas seus filhos a incentivaram e ela enviou de última hora. Para sua surpresa, foi premiada. “Eu fui lá, visitei a Record, mas não tive muita sorte, porque no dia da nossa apresentação a gente só apareceu falando alguma coisinha, não fizemos o molho, nem mostramos o molho, nem nada, porque na época a nora do Abílio Diniz tinha caído com o filho de helicóptero, e nesse dia encontraram o corpo dela. Aí o programa ficou todo em cima disso”.

Apesar da pequena aparição, Marli ganhou de volta a oportunidade de aparecer no ‘Revista da Manhã’, onde ficou por sete anos ensinando suas receitas. “Eu ganhei um destaque muito grande aqui em Cuiabá, as pessoas me ligavam pedindo até se eu tinha livro publicado. Os buffets me contatavam pra entregar bolo, e foi uma venda muito boa nessa época”.

O programa acabou no mesmo ano em que Marli começou a estudar gastronomia na Universidade de Cuiabá (Unic), enquanto continuava dando aulas em casas de produto pra confeitaria, no Senac e no Senai. Dois anos depois, formada, ela se mudou para Sinop, e quando voltou abriu um café em Várzea Grande. “Deu super certo durante um ano e meio. Mas aí veio a Copa, e foi muito ruim pra mim, foi lá pra baixo”.

Desde 2014, então, Marli continua fazendo seus bolos e docinhos em sua própria casa. Sua especialidade são bolos decorados, com diversas técnicas, como pasta americana, chantininho e outros. Em junho, viaja novamente a São Paulo para fazer um curso de ‘Flower Cakes’, com a brasileira Amelia Lino. Quando voltar, terá um certificado internacional e poderá, também, certificar seus alunos.

Bolo de Marli para a Páscoa (Foto: Olhar Conceito)

Bolo de Maril (Foto: Olhar Conceito)

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