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Uma neurótica e dois monstros universitários protagonizam lançamentos do circuito comercial

Da Redação - Bruna Gomes

Nesta semana duas estreias imperdíveis no circuito comercial de cinema, “Minha mãe é uma Peça” e “Universidade dos Monstros”. O primeiro é uma adaptação ao cinema de uma das personagens mais cativantes do teatro, a Dona Hermínia. Interpretada pelo ator Paulo Gustavo, o projeto já foi sucesso no teatro e na TV. A segunda estreia é a continuação de um dos melhores filmes da Pixar, o Monstros S.A. Quem não se lembra dos monstros mais fofos do cinema?

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Em “Universidade dos Monstros” recordamos o início de tudo, quando Mike e Sully ainda nem eram amigos. Na trama, os dois estão matriculados na instituição dos monstros para se tornarem “assustadores profissionais”. E enquanto Mike é esforçado, mas pouco eficiente na prática, Sully é justamente o contrário e se beneficia de seu histórico familiar de sucesso. Ao longo do filme conhecemos as inseguranças, aptidões, história de vida e vemos a amizade entre Mike e Sully começar.

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Mesmo não sendo tão brilhante quanto o primeiro filme, “Universidade dos Monstros” não foi mal visto pela crítica especializada. A eficiência da Pixar em criar um mundo visualmente impressionante, que ao mesmo tempo pareça real e imerso em fantasia, conquista qualquer espectador.

Clique aqui e assista o trailer de “Universidade dos Monstros”.

“Ele não meu inimigo é meu ex-marido, o que é pior do que inimigo”, esse é um dos comentários diários de Dona Hermínia a protagonista do filme “Minha mãe é uma peça”. A dona de casa de meia idade e divorciada passa o dia reclamando do ex-marido, dos filhos, da vizinha e por aí vai. Interpretada pelo humorista Paulo Gustavo, a personagem já faz sucesso no teatro e na TV há alguns anos. Com seus comentários ácidos e extremamente sinceros Dona Hermínia é o retrato das mães, filhos e de qualquer pessoa. Sua própria mãe ter sido a inspiração para o personagem, explica a verossimilhança, que é realmente impressionante.

Com seu talento, o ator conseguiu adaptar com sucesso a personagem às três plataformas: teatro, televisão e cinema. No entanto, nos dois primeiros formatos a encenação acontece em um monólogo, enquanto no cinema tiveram que ser adicionados outros personagens e uma história que fosse o fio condutor. Segundo a crítica especializada este é o principal problema do filme.

Clique aqui e assista o trailer de "Minha mãe é uma peça".

Com maquiagem, figurinos e atuação convincentes Paulo arranca o riso facilmente do espectador, porém o resto do elenco falha nesta tarefa. Na trama, a matriarca ouve os filhos falarem que estão de saco cheio da mãe e que não sabe como ainda a aguentam. Abalada e furiosa, Hermínia vai para a casa de uma tia reclamar – claro – dos problemas da vida. Personagens como o marido, os filhos e a tia só existiam na imaginação do público, e quando ganham vida no cinema são mostrados de forma rasa e superficial, mas, com um personagem como Dona Hermínia, quem precisa de coadjuvante?
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