Imprimir

Notícias / Turismo

Com obras paradas há 15 anos, Memorial Rondon deve ficar pronto em maio de 2015

Da Redação - Stéfanie Medeiros

O Memorial Rondon, obra parada há quinze anos, é uma grande estrutura metálica no meio do Pantanal, mais precisamente no distrito de Mimoso em Santo Antônio de Leverger. Sem nenhuma identificação, é difícil saber do que trata-se a obra abandonada. Autoridades do Estado e representantes do município reuniram-se nesta terça-feira (04) para discutir o prosseguimento da obra e a forma como ela irá funcionar. A previsão de entrega do memorial é maio de 2015, data em que comemoramos os 150 anos de nascimento de Marechal Cândido Rondon.

Leia mais: Primeiro capítulo da minissérie sobre vida de Marechal Rondon é transmitido pela TVCA

Iniciada no governo do já falecido Dante de Oliveira, a homenagem ao sertanista brasileiro e herói mato-grossense não encontrou continuidade nas gestões seguintes. Até janeiro deste ano, já haviam sido gastos com a obra R$ 780 mil. De acordo com o secretário da Secretaria de Estado de Desenvolvimento do Turismo (Sedtur/MT), Jairo Pradela, serão destinados mais R$ 3 milhões para que a obra seja concluída em 2015. Com a previsão de término, o fórum reunido nesta terça (04) pretende discutir e decidir de que forma o memorial deve funcionar.

Além disto, o secretário de turismo frisou que um memorial deste porte pode gerar novos empregos em Mimoso, onde Rondon nasceu. “Rondon é uma autoridade reconhecida internacionalmente. Uma obra como esta, homenagem mais que merecida, é de grande importância para impulsionar o potencial turístico da região. Afinal, o que as pessoas mais procuram é o turismo histórico-cultural e ambiental”, disse Pradela.

Ainda de acordo com o secretário, a finalização da obra ficará a cargo da próxima gestão. “Mas os recursos e tudo o que é necessário para a finalização do memorial no prazo estipulado já estão prontos, encaminhados. Nós precisamos consolidar o potencial turístico de Mato Grosso cada vez mais. Nada mais justo do que concluir esta missão deixada por Dante de Oliveira”, afirmou Pradela.

O presidente da Sociedade dos Amigos de Marechal Rondon, Ivan Pedroso, também estava presente no fórum de discussão. De acordo com ele, a retomada desta obra é uma ‘pequena vitória’, empenho da sociedade e outras secretarias. “O Memorial Rondon foi inserido nas obras da Copa, por isto agora temos recursos sendo destinados para a sua conclusão”.

Na opinião de Pedroso, o Memorial Rondon deve funcionar como uma multiplicidade de coisas: Museu, centro cultural, ponto de conferências e palestras, dentre outros. “Rondon tem um andar inteiro de um museu de Nova York em sua homenagem. Ele foi indicado ao comitê do Prêmio Nobel da Paz pelo próprio Albert Einstein. A importância desta figura mato-grossense é enorme. Ele projetou o Brasil no mundo de forma muito positiva”, conclui Pedroso.

Sobre o descaso com o término na obra, Pedroso apenas disse: “Infelizmente, ninguém é profeta da sua própria terra”. No fórum, que ficará reunido até o final do dia, também estavam presentes o idealizador do memorial, João Afonso Portocarrero, o representante da Secretaria de Estado de Cultura, João Carlos Ferreira, dentre outras autoridades.

Sobre Marechal Rondon

Nascido no distrito de Mimoso, em 5 de maio de 1865, de origem indígena, Cândido Mariano da Silva Rondon se tornou pioneiro na implantação das primeiras linhas telegráficas em Mato Grosso. Isto aconteceu após Rondon se alistar na escola Superior de Guerra, no Rio de Janeiro, sendo promovido de sargento a marechal ao longo de sua carreira militar.

Em 1892, Marechal Rondon trabalhou abrindo caminhos e desbravando terras para o lançamento das linhas telegráficas. Rondon também trabalhou com o mapeamento das terras e estabelecendo relações próximas com os indígenas da região. Ele participou de uma expedição às margens do Amazonas junto com o presidente norte-americano Theodor Roosevelt, no ano de 1913. Entre 1927 e 1930, foi responsável por inspecionar as fronteiras do Brasil do Oiapoque até a divisa da Argentina com o Uruguai. Rondon também foi o criador do Serviço Nacional de Proteção aos Índios.

Imprimir