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Notícias / Artes visuais

Personagens de Mato Grosso são retratados em caricaturas de bonecos de argila em exposição

Da Redação - Marianna Marimon

Mato Grosso possui personagens singulares que marcaram sua história e cultura. Para narrar um pouco das inúmeras desventuras, é que a artista plástica Alair Fogaça abre espaço para trazer o seu olhar sobre este cotidiano. “No barro tem pimenta, canela e chapéu de palha” é o nome da exposição cuja abertura ocorre nesta sexta-feira (7) às 19h, na Galeria Fogaça. São 20 personagens em caricaturas de argila que estarão dispostas ao público até o dia 28 de fevereiro. A entrada é gratuita.

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Por meio do Programa de Apoio à Cultura (Proac 2013), da Secretaria de Estado de Cultura, revela a fase criativa e produtiva de Alair Fogaça. A artista presta uma homenagem a pessoas do cotidiano mato-grossense e que fizeram história, tais como os saudosos Dante Martins de Oliveira, da política do Estado, e o artista plástico Antônio Pereira da Silva, o Sitó.

Além disto, outros personagens são retratados como a comadre Pitú, representada por Vital Siqueira, o mestre da viola de cocho, Alcides Ribeiro dos Santos, dona Domingas Leonor da Silva, que comanda a dança do Siriri em Mato Grosso, há mais de 20 anos, com o Flor Ribeirinha. Bem como Milton Pereira, o Guapo, um apaixonado pelo rasqueado e lambadão cuiabano, o artista plástico Victor Hugo, que se descobriu artista pintando cartazes para os cinemas antigos em Cuiabá na década de 60, como o Cine Teatro Cuiabá.



Dentre outros retratos em bonecos de argila de 30 centímetros, pintados em acrílico, que apresentam a identidade cultural de Mato Grosso. Alair destaca a beleza de suas vestimentas, das danças do Chorado e Siriri, das cuiabanas levando água na cabeça com pote de barro, produzindo a farinha, o doce de caju. Do cotidiano dos ribeirinhos pescadores, em seus hábitos e costumes da culinária do Estado, regada de pequi, manga e peixe.

“É a primeira vez que faço uma homenagem a pessoas de nossa terra”, conta a artista, que traz nesta fase a alegria nas cenas do cotidiano. Ela, que sem medo de arriscar na ousadia, costuma chamar a atenção pelo erotismo em suas obras.

Trajetória

Quanto a inspiração para os bonecos, ela diz que vem das cenas da infância e também do dia-a-dia. Esposa de Fredde Fogaça, também escultor, ela mostra que o seu dom é nato, descoberto no ano de 2003, quando resolveu por uma brincadeira criar algumas peças.
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