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Tatá Werneck: de periguete a evangélica em Amor à Vida

Estadão

 Apesar de deixar as pernas à mostra, as saias curtas da caçadora de marido de Amor à Vida vão esconder os sentimentos que farão a personagem de Tatá Werneck se tornar evangélica. "A Valdirene, apesar de ser periguete, tem uma angústia, um vazio que quer preencher de alguma forma. Mas não sei qual será o caminho dela até a igreja. Por mais que seja comédia, eu estou sempre com essa dor de uma rejeição, de um sonho não realizado, de alguém que quer ser feliz e não consegue", explica a atriz.

Filha de uma ex-chacrete, a jovem começará a trama ávida por se casar com um homem rico, mas mudará de atitude ao se dedicar à religião. Tatá garante não ter detalhes sobre a conversão e que não haverá caricatura dos evangélicos. "Tive pouco tempo para me preparar. Só me disseram que poderia acontecer. Jamais trataria qualquer questão religiosa com desrespeito. Até porque, sou super religiosa. Tenho muita fé."

Egressa da MTV, em que interpretava papéis cômicos, ela se manterá engraçada na atração. "Mesmo não desrespeitando eu não perderia o humor. Cabe entender que o humor não é desrespeito, mas pode parecer", analisa a atriz, dizendo que tem improvisado. "Estou tendo total liberdade. Também não cheguei pirando, mas ninguém disse ?isso não pode, é uma novela?."

Tatá acredita que compreende por que Valdirene se converterá. "O caminho dela é essa dor de alguém que está tentando sobreviver da maneira que acha certo e não consegue. Isso gera angústia. A religião traz esse conforto. Quando estou mal, eu me apego ali. Não tenho uma religião definida, mas tenho muita fé. Já frequentei várias vezes igrejas evangélicas, assim como já frequentei a Igreja Católica. Minha religião é Deus."

Segundo Walcyr Carrasco, a ideia de ter uma protagonista evangélica partiu do que vê no dia a dia."Sempre quis criar uma personagem assim por conviver muito com os evangélicos e acompanhar as suas vidas."

A religião influi em outras vertentes da vida da atriz. "Eu rezo todos os dias, medito. Meus amigos até me zoam, dizem que posso beber pois não é pecado. Sou super careta, não bebo há anos, não fumo, quase não saio. Saí no sábado e me senti jovem. Tenho 30, mas sou bem senhorinha. As pessoas falam que saíram e beberam muito. Eu fico na casa dos amigos compondo música. Eu estou na fase mais mãe, pronta para parir um filho", conta.
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