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Curta de cineasta cuiabana sobre mãe e filha afetadas por construção de usina em Chapada é premiado no DF

Da Redação - Bruna Barbosa

Em "Mansos", curta de ficção da cineasta Juliana Segóvia, mãe e filha, duas mulheres negras, moradoras da comunidade Água Fria, em Chapada dos Guimarães (64 km de Cuiabá), assistem às próprias vidas mudarem por completo com a construção de uma usina hidrelétrica. Nesta semana, o filme foi premiado no Motriz Festival de Cinema de Planaltina, que aconteceu entre 23 e 26 de outubro no Distrito Federal (DF). 

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Mansos foi escolhido pelo Júri Técnico e levou R$ 3 mil. Na mesma categoria também ganharam: "Remendo", de GG Fakolade (ES) e "Não precisa pedir desculpa", de Franco Cavezale (SP). O Festival de Cinema de Planaltina chegou a 3ª edição se propondo a ser solo fértilo para o cinema periférico brasileiro. 

No total, a organização do Motriz recebeu 913 inscrições neste ano. Antonio Balbino, Maíra Brito e Tamara Naiz fizeram parte do júri do festival. 

Em Mansos, Teresa é uma agricultora familiar e líder comunitária, que é assassinada na frente das duas filhas quando elas ainda eram crianças. Vinte anos depois, Benedita e Jurema, já adultas, se veem diante daquele que é o responsável pela tragédia que destruiu a sua família.

O roteiro é assinado por Segóvia e inspirado em uma vasta coleção de referências pessoais e profissionais. O curta também foi premiado nas categorias "Melhor Filme - Juri Popular" e também de "Melhor Filme - Juri Técnico" da 23ª Mostra de Audiovisual Universitário e Independente da América Latina (MAUAL), realizada pelo Cineclube Coxiponés da UFMT.  

O nome "Mansos" é uma referência ao local onde a história se passa, mas também uma provocação ao espectador mais atento.
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