Produtos exclusivos, com alta concentração de nutrientes e técnicas como ozonioterapia são os grandes aliados no spa capilar da Clínica Luvittê, no bairro Quilombo, em Cuiabá. A dermatologista Elaine Togoe, explica que ela e um farmacêutico são responsáveis pela formulação dos shampoos, condicionadores e hidratantes, além da bruma capilar, que oferece proteção profunda contra os raios UVA e UVB.
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De acordo com Elaine, a maioria dos pacientes a procura por estarem passando por períodos de crise de dermatite, seborreia ou psoríase. Nesses casos, já no primeiro atendimento, a dermatologista aconselha as lavagens especializadas feitas no spa capilar.
“No primeiro mês para diminuir as bactérias, cessar um pouco a queda… É feito uma vez por semana. Depois fazemos uma nova avaliação para ver se podemos começar de 15 em 15 dias. Algumas pessoas precisam vir mais de uma vez por semana em casos de muita seborreia ou crise de dermatite. Não é sempre, mas pode acontecer”.
Diferente das lavagens feitas em salões, os movimentos realizados durante o processo são suaves e têm objetivo de estimular o colágeno e a elastina do couro cabeludo. Um paciente com crise de dermatite seborreica, por exemplo, pode ter piora no quadro por conta da forma que foi lavado ou dos produtos usados. Os óleos essenciais também são aliados no spa capilar.
“Aqui primeiro eu uso uma argila para fazer um peeling no couro cabeludo em casos de seborreia. Usamos no nosso spa produtos diferenciados e produzidos para uso específico, são enriquecidos em nano partículas que penetram realmente no fio”, conta.
“É um tratamento específico para cada patologia. Para a queda capilar usamos um óleo essencial de alecrim, por exemplo, além de composições com estimulantes e vasodilatadores”, continua.
Nanoqueratinização
Além de tratar os fios, o spa capilar também é um momento de atenção aos problemas de saúde no couro cabeludo. De acordo com a dermatologista, além de melhora na oxigenação dos tecidos, ele também fortalece o sistema imune. O ozônio aumenta o número de antioxidantes que agem no organismo e, com isso, leva um fluxo maior de nutrientes para os folículos capilares.
Tanto a ozonioterapia quanto a nanoqueratinização e o infravermelho potencializam o efeito dos produtos usados durante o spa capilar. Mesmo com foco na saúde do couro cabeludo, os procedimentos refletem na melhora dos fios.
“O tratamento do couro cabeludo é importante para pacientes com psoríase, dermatite seborreica e quedas capilares. Temos protocolos específicos para esse tipo de patologia, para acalmar o couro cabeludo e diminuir as descamações. Usamos muito os óleos essenciais nesses casos, já que alguns são calmantes”.
Nos produtos exclusivos usados no spa capilar, Elaine prioriza composições concentradas com princípios poderosos, como o 18-MEA, que é um lipídio já presente no cabelo e também é um dos grandes potencializadores dos protocolos usados pela dermatologista.
O 18-MEA faz com que as cutículas grudem umas nas outras, mantendo a ação do tratamento ativa por mais tempo, além de repelir a umidade do ambiente e reter água na fibra capilar. Ela ressalta que tratamentos químicos, uso de secador, chapinha ou babyliss podem causar a perda do 18-MEA no fio, fazendo com que ele fique exposto a danos.
“Esses produtos a gente já direciona para cada objetivo. Por exemplo, consigo colocar mais concentração de 18-MEA no que produzo na indústria, eu sei a composição. Vamos formulando do jeito que eu quero. A composição é analisada por mim e um farmacêutico. Usamos no nosso spa produtos diferenciados e produzidos para uso específico, são enriquecidos em nanopartículas que penetram realmente no fio”.
Os produtos também são vendidos na Clínica Luvittê para que os pacientes possam fazer a manutenção do tratamento em casa. No entanto, Elaine explica que a concentração deles é menor, já que o uso em excesso também pode prejudicar a saúde capilar e causar oleosidade, por exemplo.
Mesmo passado o período de crise dos problemas capilares, muitos pacientes da dermatologista continuam a frequentar o spa capilar pelo menos a cada 20 dias. Elaine ressalta que, mesmo após a melhora, o cabelo continua exposto à oxidação.
“Se o quadro é ressecamento capilar, cabelo sem vida ou pós-química, o tratamento precisa tem que ser contínuo. O cabelo é assim, você entra em contato com a água oxigenada, ela oxida seu cabelo, depois você se expõe ao sol, secador e chapinha, algumas pessoas fazem isso todo dia. O cabelo só de expor ao Sol oxida. Então, não quer dizer que você faz o tratamento e não vai precisar mais. Quando você trata, você já vai sentir uma melhora, porém depois precisa dar continuidade”.
"As patologias a gente faz o tratamento e consegue muito tirar do período de crise, que é o mais difícil e grave. Depois a pessoa continua o tratamento em casa. A maioria das vezes o paciente chega aqui no período de crise".