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Primeiro MC de Cuiabá a se apresentar no Zulmira Canavarros, "Guto" quer ser reconhecido nacionalmente

Da Redação - Pedro Coutinho Bertolini

Com 20 anos e mais de 50 composições prontas para serem gravadas e lançadas, o estudante do 6º semestre de Psicologia pela UFMT,  Carlos Augusto, vulgo Guto, é expoente do Rap da Capital e tem conquistado reconhecimento do público em MT pelo seu trampo artístico. Inspirado em MC’s de Cuiabá, a trajetória de Guto no meio musical começou em 2019, por meio das batalhas de rima, as quais ele é frequentador, organizador e rimador. 

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“Tento fazer com que minha arte de certa forma ela ajude minha família”, disse o rapper que se apresenta nesta sexta-feira (20) no espaço Manga Preta Rock Store, em evento que começa a partir das 19h. 

Guto não imaginava fazer música, muito menos sobreviver de arte, até que percebeu que a trajetória artística e musical é uma construção social. Tudo mudou quando entrou nas batalhas e começou a rimar no freestyle (rimas improvisadas) e se engajar no movimento de rua com o Hip Hop.  

"Comecei a batalhar e a batalha foi o espaço que me motivou na música, pois batalhando e rimando a gente aprende muita coisa: a ter melodia, ter preparo, a encaixar no instrumenta. Então, as batalhas serviram como fator principal que me motivou a entrar na música”, contou.  

Foi nas batalhas também que Guto conheceu os MCs mais antigos da Capital, que serviram como fonte de inspiração para seu corre no rap. “Muitos deles me inspiraram. Vi que era possível e totalmente viável para mim. Conforme fui melhorando nas batalhas, vi que assim poderia ser um caminho para qualquer um”.  

Quase formado em Psicologia, ele pretende seguir no âmbito da arte para sobreviver. Conforme explicou, traçar dois caminhos profissionais simultaneamente gera consequente desgaste mental. Diante disso, se decidiu pelo seu amor à música e já tem estratégias prontas para alavancar sua trajetória com o rap e alcançar seu objetivo de ser um artista reconhecido nacionalmente.  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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“Eu comecei porque quero que minha arte alcance outras pessoas, não nego que quero fazer dinheiro com minha arte, quero que minhas músicas sejam escutadas. Estou atrás de grana, de reconhecimento, porque nada mais justo que você investir em algo que você gosta e querer retorno para isso. Então, a minha arte tem toda uma estratégia, uma lógica para chegar naquilo que eu quero, que é ser um artista nacional”.  

Tendo sua formação toda em escolas públicas de Cuiabá e vivendo em família a dois, com sua avó, Guto já participou de todas as batalhas de rima da Capital (da Alencastro, do Mirante, do Tijucal, do Pedra 90), inclusive, atuou como organizador da que acontece no bairro CPA, em frente ao colégio André Avelino.  

Nas rodas de Freestyle, ele conheceu suas inspirações que ilustraram ser possível seguir o caminho do rap. “Acho que todos os MCs aqui que já rimaram a um tempo a mais que eu, acabei me inspirando porque via nesses caras talento, né? Um talento que eu não tinha, mas que estava para aflorar”.  


Após descobrir seu talento, Guto logo começou a se aprimorar e a investir no seu trampo com intuito de obter um retorno monetário e de repercussão da sua imagem.  

“Acho isso importante, então sim, tenho investido. E as lógicas que eu tenho seguido é de fazer um som para ficar na cabeça das pessoas, porque querendo ou não no fim isso também é uma estratégia para você fazer uma carreira”, contou. 

O investimento nas estratégias para alavancar seu trabalho lhe renderam reconhecimento por Cuiabá e Mato Grosso. Não à toa, ele foi o primeiro MC da Capital a se apresentar no teatro Zulmira Canavarros. Além disso, já expôs seu som em escolas públicas, feiras e eventos.  

Nesta sexta-feira (20), Guto fará show no espaço multicultural Manga Preta Rock Store, na Praça da Mandioca. O evento começa 19h com entrada gratuita.  

Com cerca de 50 músicas engatilhadas, Guto explicou que não lista quantas canções já fez. Por outro lado, pontuou que seu processo criativo é espontâneo e, onde ele estiver, se surgir inspiração, já escreve no bloco de notas do celular.  

“A gente tem um bloco de notas e se me deu a vontade tô ali escrevendo, coloco um instrumental ou não. Não necessariamente eu termino a composição no momento que parei para compor, mas posso terminar um refrão, terminar alguma coisa e depois dar o início. Mas às vezes eu componho uma faixa ali mesmo, naquele instante”, finalizou.

Ouça o som do MC no SpotfyYoutube, e acompanhe no Instagram.
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