Começa na sexta-feira (14) a tradicional Festa de São Gonçalo no centro cultural da comunidade de São Gonçalo Beira Rio, berço da cultura cuiabana, conhecida pelas tradições acerca da culinária, artesanato, danças folclóricas e religiosidade. As festividades contam com procissão, missa, chá com bolo e apresentação do grupo Flor Ribeirinha. A programação se estende até sábado (15).
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A fundadora e presidente do Flor Ribeirinha, Domingas Leonor, uma das lideranças da comunidade de São Gonçalo beira rio, frisa a importância do local, onde começou Cuiabá. “Para mim, é motivo de orgulho apresentar as nossas tradições. Minha luta é pela preservação da nossa comunidade, pela valorização dos costumes e do modo de vida ribeirinho”, destacou.
A abertura da festa começa às 19h de sexta-feira, com dança do cururu com o levantamento do mastro, apresentação do grupo Flor Ribeirinha, além da Banda Scort Som e sopão para os convidados. Já no sábado, a programação começa já às 8h com procissão, missa na comunidade, como também a apresentação do grupo infantil Semente Ribeirinha e o tradicional chá com bolo.
No último domingo (9), como parte dos festejos de São Gonçalo, um grupo percorreu diversas residências e as peixarias, que concentram um grande número de visitantes, para receber doações que vão contribuir com a reforma da igreja.
Tradição secular
A Festa de São Gonçalo é realizada há quase um século pela comunidade. Uma das organizadoras, Julia Rodrigues da Conceição, ressalta que a festa não foi realizada no ano passado devido a pandemia. Ela lembra que a população cuiabana está convidada para prestigiar o evento, seguindo os protocolos de segurança, com o uso de máscaras, como recomenda os órgãos da área da saúde.
Este ano, de acordo com outra organizadora do evento, Cleide Rodrigues Antunes, a meta é reformar a igreja, que necessita da troca do piso e de outros reparos. ”Os moradores da comunidade participam efetivamente da festa e muitos deles vêm para pagar promessas. Nosso objetivo é lutar para que as novas gerações continuem preservando a nossa religiosidade”, assinalou Cleide