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Notícias / Saúde e Beleza

Farmacêutica de comunidade indígena produz fitoterápicos a partir de plantas medicinais e sonha implantar farmácia em aldeia

Da Redação - José Lucas Salvani

Apaixonada por farmácia, Valdeiza Avelino Ozanaezokero, de 37 anos, estudou e se profissionalizou. O principal objetivo: unir os conhecimentos adquiridos durante a graduação com as plantas tradicionais da sua comunidade Paresi-Haliti, no município de Campo Novo dos Parecis (a 400 km de Cuiabá). O resultado foi uma farmácia viva para a produção de fitoterápicos.

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Valdeiza explica ao Olhar Conceito que sempre se interessou por Farmácia, antes mesmo de iniciar o curso. “Tudo que existe na terra de alguma forma vem da transformação, e o curso de farmácia te ensina isso. A química te ensina isso. Seja uma formulação de medicamentos, produtos cosméticos, fitoterápicos [e por aí vai]”, explica.



Outro ponto importante que ajudou na decisão de Valdeiza foi a possibilidade de poder trabalhar com as plantas tradicionais e medicinais de seu próprio povo. Aliás, isso foi objeto de estudo de seu trabalho de conclusão de curso, visto que realizou o levantamento  etnofarmacológico das plantas medicinais de conhecimento indígena da comunidade Paresi-Haliti.

Em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e apoio de entidades indígenas, como associações e cooperativas, o resultado foi a implantação de uma horto medicinal com mais de 30 espécies de plantas medicinais, por meio de um curso de cultivo de plantas medicinais.



“Este ano, exatamente em outubro, comecei a dar mais atenção ao projeto, onde com a parceria do Senar e apoio das entidades indígenas, como associações e cooperativas, tivemos o primeiro curso de cultivo de Planta Medicinais, [que resultou no] implantamento um Horto com mais de 30 espécies”, detalha ao Olhar Conceito.

Entre as plantas medicinais, há lágrima de Nossa Senhora, alecrim, gengibre, anador, árvore da mulher, espinheiros, santa, arnica, crajiru, folha da fortuna, terramicina, hortelã, boldo do Brasil e outras. 



As plantas são utilizadas para produção de fitoterápicos como xaropes, cremes, pomadas, gel, tinturas e outros produtos. O objetivo, entretanto, é ir além: Valdeiza sonha em implantar uma Farmácia na comunidade Paresi-Haliti.

Os interessados em conhecer o projeto podem entrar em contato com Valdeiza, pelo número (65) 99663-8174.
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