Foi no final da década de 60 de Clóvis H. Irigaray começou a pintar e iniciaria a construção de um trabalho tão aclamado pela crítica e pelo público. Dos tempos de Realismo, ele passou a um período de reclusão, afastado de tudo. Hoje, vivaz, aceso e “a mil”, como ele diz, trilha os caminhos do Abstracionismo.

Academia Francesa de Artes Letras e Cultura nomeia Clovis Irigaray como embaixador das artes
Com mais sofisticação, 2ª edição do Morar Mais Por Menos encanta convidados na noite de lançamento

Em entrevista ao Olhar Conceito, durante a abertura da mostra Morar Mais Por Menos, em Cuiabá - ocasião em que foi nomeado embaixador da Academia Francesa de Artes Letras e Cultura - Irigaray afirmou que “mudar é algo muito natural”. Tudo muda e se transforma, inclusive sua arte.

“Estou nos caminhos da pintura abstrata. Muitas cores. Abstrato é cor!”, anima-se o artista, acrescentando que suas obras mais recentes tem tido pinceladas do Pop também, o que ele relaciona com o uso mais intenso da tinta acrílica.

Questionado sobre o índio, se ele permanece em suas telas, Irigaray diz que sim, mas de uma forma diferente, com outra estética e temáticas diferentes. Afinal, foram os índios, retratados de maneira tão peculiar e forte, que renderam os maiores sucessos de Clovito.

Para este ano, ele revela que está cheio de ideias, projetos e convites “Não dá nem para dizer todos”, diz ele, mantendo um ar de simplicidade como se não entendesse todo o assédio.

O artista também adianta que até o final da próxima semana irá lançar uma nova exposição em Cuiabá, na área externa no Morar Mais Por Menos, no Clube Dom Bosco, em Cuiabá.

Não dá para perder. Pois outra coisa que muda e se transforma somos nós, sempre que temos a oportunidade de contemplar expressões tão fortes e atemporais como o trabalho de Irigaray.