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Notícias / Comportamento

Policial paraplégico sobe Morro de Santo Antônio com amigos; veja fotos e vídeos

Da Redação - José Lucas Salvani

Paraplégico desde 2014, o policial aposentado Douglas Barros da Silva, de 41 anos, subiu o Morro de Santo Antônio (a 35 km de Cuiabá) com amigos no último sábado (6). Em entrevista ao Olhar Conceito, Douglas disse que levou cerca de 2h30 para subir e 1h30 para descer.

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O policial aposentado acreditava ser impossível subir o morro, então checou com um amigo se conseguiria e passaram a organizar a ida. Os amigos foram comunicados da ideia em uma quarta-feira (4) e em três dias estava tudo firmado para que subissem o morro. “Foi de uma hora para outra”, conta Douglas.



Com Marcelo da Mata, especialista em técnicas de rapel, a subida levou cerca de 2h30 e, no meio do caminho, ficaram sem água. Os amigos se revezavam entre si para carregar Douglas que, hora ou outra, utilizava sua cadeira por alguns momentos para que os amigos pudessem descansar. “Graças a deus que, mesmo com a dificuldade, chegamos no topo”.

Ao chegar no topo, fizeram uma oração de agradecimento. “Lá fizemos uma oração muito bonita de agradecimento. Conversei com Deus. Tem seis meses que perdi minha esposa, então eu estava bem mexido com isso. Foi um gás para mim também”, conta.



Além de Douglas e Marcelo, participaram da subida: o filho do policial, Douglas Junior, de 15 anos, o personal trainer Edjorge Júnior e os professores de educação física Marcelo Ormond e Odiney Lara. “Fomos vitoriosos. Todos nós saímos vencedores”.

Assalto e handbike

Douglas é paraplégico desde 2014, quando foi assaltado e baleado com dois tiros nas costas em maio daquele mesmo ano. À época policial, o cuiabano estava em uma distribuidora de bebidas quando foi surpreendido pelo assaltante. Ele ficou internado por cerca de um mês e perdeu a movimentação das pernas em consequência.

Já no ano seguinte, Douglas procurou por um esporte para praticar e encontrou o handbike (bicicleta de mão adaptada). “Todos olham para a pessoa com deficiente como aquele que fica sempre no quarto, assistindo TV e todo mundo cuida. A sociedade vê a pessoa com deficiência assim, eu creio. (...) Com um ano eu saí para as corridas de rua. Tem quadro de medalha aqui. Devo ter participado de umas 50”.
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