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Após ter sonho, moradora de Cuiabá cria ateliê que faz peças com flores e coto umbilical

Da Redação - José Lucas Salvani

Tudo começou em 2019 quando Laís Garcia Cabral, de 25 anos, teve um sonho. Ela lembra de estar em um local próximo a uma cachoeira e relata ver uma pedra que, dentro dela, haviam diversas cores. Para ela, aquele momento teve um reflexo positivo e ela pensou em procurar algo que se assemelhasse, principalmente à pedra, no mundo real. Assim, após algumas pesquisas, ela encontrou as biojoias e pouco tempo depois criou o Nômada Ateliê, onde também faz quadros.

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Inicialmente, ela queria apenas comprar algumas peças para si, mas não demorou muito para que ela ficasse instigada em como confeccionar as biojóias. Em Cuiabá, não encontrou nenhum lugar que pudesse ensiná-la, mas após a recomendação de uma amiga de sua tia descobriu que havia uma escola de joalheria em São Paulo, na capital, que pudesse lhe entregar o ensinamento tão buscado.



Naquele mesmo ano, em julho, ela passou cerca de um mês na capital paulista e fez minicursos de resina, ecojóia e introdução a joalheria. Já em agosto, Laís começou a montar o seu ateliê e posteriormente passou a receber encomendas de biojóias. A ideia de criar um ateliê era anterior ao curso, mas com estudos ela conseguiu dominar as técnicas necessárias para fazer os produtos.

Atualmente, ela não aceita mais encomendas de biojóias e trabalha somente com produtos a pronta entrega. A decisão partiu da necessidade de se ter uma maior liberdade criativa com estas peças que levam cerca de 10 dias para ficarem prontos. Já os quadros podem ser encomendados e variam entre 2 a 4 quatro semanas para ficarem prontos. Enfrentando, algumas peças, em especial aquelas que pertencem a uma coleção, podem levar meses.



Além de trabalhar com a arte botânica, Laís também trabalha com jóias maternas, como dente de leite, mecha do primeiro corte de cabelo e coto umbilical. Estas jóias, por dependerem de materiais dados pelas próprias mães, só são feitos exclusivamente por meio de encomendas.

Laís acredita que com a pandemia do novo coronavírus muitas pessoas passaram a utilizar as redes e também começaram a buscar consumir produtos feitos com trabalho manual. “Por mais que tenha dificultado para muita gente na questão financeira, por falta de trabalho, para algumas pessoas, com mais estabilidade econômica, acho que passaram a ver mais trabalhos manuais e artesanais. Eu acho que é uma comunidade que cresceu bastante aqui em Cuiabá”, conta ao Olhar Conceito.

O Nômada Ateliê está no Instagram.
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