Imprimir

Notícias / Diversão e Lazer

Teatro Lambe-Lambe conta histórias da Casa de Bem-Bem por meio de espetáculo online

Da Redação - José Lucas Salvani

O projeto "Encaixotando Histórias da Casa de Bem-Bem" será lançado em formato digital na próxima quarta-feira (24). Selecionado no edital MT Nascentes, da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel), conta com peças de Teatro em Miniatura e um curta-metragem híbrido. 

Leia também:
Aprovado pela Lei Aldir Blanc, curta gravado em Cuiabá aborda HIV e cultura drag queen

O Teatro Lambe-Lambe preparou três histórias que são apresentadas em sequência. Os espetáculos são bem curtinhos, como é característico desta linguagem teatral. Cada caixa guarda em si memórias de um respectivo período do casarão edificado na primeira metade do século XIX na antiga rua do Campo (atual rua Barão de Melgaço).

Inicialmente, o projeto seria executado presencialmente em espaços públicos da capital mato-grossense, mas devido ao atual cenário pandêmico do novo coronavírus a equipe responsável optou pela execução online. A experiência online visa trazer uma sensação similar à presencial, então as apresentações foram gravadas na Praça da Mandioca, em Cuiabá, com uma câmera subjetiva (plano que mostra a visão da personagem em filmes). 

História das Caixas

A primeira caixa, criada por Thaísa Soares, aborda a receptividade da família e do espaço ao longo dos anos.  Aliás, o histórico casarão, adquirido pela família de Dona Bem-Bem em meados de 1850, é um dos símbolos da hospitalidade cuiabana, característica expressa na própria arquitetura da casa e cristalizada na memória coletiva da população.

A segunda caixa, de autoria de Liudmila Diaz, é centrada no quintal e nas festividades, afinal a residência também se notabilizou por sediar, entre as décadas de 1970 e 80, as tradicionais festas de São Benedito. Portanto, concomitante aos festejos, esta caixa irá abordar outros elementos da cultura local, como viola-de-cocho, santos, danças e culinária.

Já a terceira caixa, concebida por Márcio Costa, foca na fachada e trata de eventos recentes, como os dois desmoronamentos, em 2017 e 2018, que comprometeram os alicerces da secular construção. E também destaca o processo que possibilitou reerguer esta estrutura para sua devolução social, materializada pela criação do Centro Cultural Casa de Nhonhô Manduca.

As caixas foram criadas em processo colaborativo decorrente de pesquisa coordenada por membros do IHB. O resultado desta pesquisa foi apresentado aos caixeiros e estes tiveram autonomia para criar suas histórias dentro dos respectivos recortes temporais/temáticos do projeto.

Curta-metragem

O site irá abrigar um curta-metragem híbrido, produzido pela VK Produtora (Augusto Krebs e Thiago Veloso), abordando todo o itinerário do projeto, desde as pesquisas arqueológicas até as expressões artísticas. E os visitantes ainda poderão conferir uma exposição composta por registros fotográficos relacionados ao tradicional imóvel, da fundação aos dias atuais. Estarão expostas 100 imagens cedidas por amigos e familiares de Constança Figueiredo Palma, a saudosa Dona Bem-Bem.
Imprimir