Imprimir

Notícias / Comportamento

Estudantes da UFMT vencem prêmios nacionais por fotografia e cobertura esportiva

Da Redação - José Lucas Salvani

Estudantes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) venceram em duas modalidades da Exposição de Pesquisa Experimental em Comunicação (Expocom), da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom), que teve suas edições nacional e regionais realizadas de forma online em 2020 devido a pandemia do novo coronavírus. A edição nacional foi realizada na noite de quinta-feira (10), data que marca o aniversário de 50 anos da UFMT.

Leia mais: 
Cuiabano cria podcast sobre identidade de gênero e orientação sexual com suporte visual para surdos

Marlos Salesse, estudante de Jornalismo, foi vencedor da modalidade “Fotografia Artística” com o trabalho "No tempo, na pele e no fervo: o registro de quem carrega nas linhas do corpo a história do movimento Drag em Cuiabá", que traz a drag queen Elza do Brasil. A imagem foi capa da sexta edição da Revista Fuzuê, produzida pelos alunos de jornalismo e orientada pela professora Tamires Coêlho. 



Para Marcos Salesse, o prêmio é símbolo de uma conquista coletiva. "Sinto-me extremamente honrado em ver que um trabalho feito com o intuito de saudar e aplaudir a arte Drag mato-grossense tenha saído vitorioso em uma premiação nacional. É mais uma prova de que a UFMT segue avançando e que estudantes LGBTI+ podem chegar onde quiserem, sempre reconhecendo aqueles e aquelas que vieram antes", afirma.

Já o segundo trabalho da UFMT vencedor da Expocom Nacional foi a produção feita pela Toca - Agência Experimental de Comunicação, na categoria "Comunicação Inovação". "Comunicação acessível e multimidiática na cobertura da Liga das Nações de Vôlei" foi fruto da transmissão e cobertura radiofônica em redes sociais feita pela agência em 2019 da etapa da Liga das Nações de Vôlei" em Cuiabá, em uma parceria com a Associação Matogrossense dos Cegos (AMC) e a Confederação Brasileira de Voleibol (CBV). A cobertura foi orientada pelos professores Luãn Chagas, Tamires Coêlho, Dôuglas Ferreira e Pâmela Craveiro.

O trabalho da Agência TOCA também marcou história em Mato Grosso: Verônica Rocha foi a primeira mulher negra a narrar uma transmissão ao vivo de um evento internacional no estado. Jenisson Bartniski, um dos integrantes da cobertura, enfatiza que é uma experiência muito importante, fruto de um desafio acadêmico. "Estamos super felizes de sermos premiados com um trabalho que tratou da Comunicação Acessível, graças à parceria que fizemos com Associação Matogrossense dos Cegos".



"O prêmio é parte de um reconhecimento fundamental para nossos estudantes, projetos e ações da Comunicação no âmbito nacional que demonstram mais uma vez suas potencialidades na universidade pública e sua relação direta com a comunidade, um aprendizado mútuo e de impacto social", explica Luãn Chagas. Tamires Coêlho destaca ainda que "é importante mostrar à comunidade de Mato Grosso que a UFMT tem uma produção de excelência, mesmo concorrendo com universidades com melhor infraestrutura, sobretudo dos eixos Sul-Sudeste do Brasil. É preciso investir mais na universidade pública, na produção comprometida com a sociedade, para que avancemos na qualidade de vida e no reconhecimento do estado".

Ambas as produções já haviam sido premiadas na edição regional do Centro-Oeste e por este motivo se tornaram elegíveis para a edição nacional. A versão regional da Expocom aconteceu em outubro. Na ocasião, a UFMT conquistou 13 prêmios  - 12 do campus Cuiabá e um no campus Araguaia.
Imprimir