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Após ‘cota zero’ em MS, presidente de Federação de pesca pede mesmo decreto em MT

Da Redação - Isabela Mercuri

Ainda no mês de fevereiro, quem não for pescador profissional não poderá levar nenhum quilo de peixe dos rios de Mato Grosso do Sul. O decreto que determina a ‘cota zero’ ainda não foi publicado, mas já foi anunciado pelo governador do estado Reinaldo Azambuja (PSDB). Em Mato Grosso, o presidente da Federação de Pesca Esportiva e Amadora, Tarso Lopes, publicou um vídeo defendendo a prática, e cobrando a mesma postura do governador Mauro Mendes (DEM).

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“Governador [Azambuja], parabéns. Nós conclamamos isso há muito tempo em Mato Grosso. Nós, das pousadas, estamos lutando por isso há muito tempo e não conseguimos ainda. Mas temos certeza que o governador Mauro Mendes vai nos ajudar”, disse. Segundo Tarso, mensalmente Mato Grosso recebe 22 mil pescadores, e cada um tem uma cota de 5kg, mais um exemplar (que, geralmente, atinge os 10kg). “Isso representa cerca de 300 a 400 toneladas por mês, somente da pesca amadora. Desconsiderando as outras modalidades de pesca. Nós precisamos preservar. O Pantanal é lindo, é maravilhoso, e precisa respirar”, afirma o presidente.



A ‘cota zero’ determinada em Mato Grosso do sul vale apenas para a pesca amadora, e não para os profissionais. Empresários do turismo apoiaram a decisão, já que a medida incentiva a pesca esportiva, ou seja, aquela que é feita no modelo ‘pesque e solte’.

No último dia 31 de janeiro, Azambuja afirmou, em uma agenda pública, que o decreto será feito em acordo com os setores envolvidos. “Nós estamos desenhando o decreto. Não é um decreto finalizado e com certeza vamos chegar a um consenso. É muito inteligente a cota zero e a pesca esportiva. Agora vamos trabalhar, ouvir as reivindicações, ouvir os setores. Lógico que não vai ter unanimidade de pensamentos, mas, vamos buscar o que é melhor para o meio ambiente, para a geração de emprego e novas oportunidades de turismo”.

Regras em MT

Em Mato Grosso, a possibilidade da pesca amadora foi reaberta na última sexta-feira (1), quando acabou a piracema. No entanto, é necessário seguir algumas regras: estar habilitado com a carteira de pesca, não usar apetrechos proibidos e respeitar a cota e tamanho mínimo do pescado, que para amadores é de cinco quilos e um exemplar, e para profissionais é de 125 kg por semana.

O período de defeso da Piracema ocorreu entre 1º de outubro de 2018 e 31 de janeiro de 2019. A pesca nesse período é crime e acarreta em prisão e multa que varia de R$ 1 mil a R$ 100 mil com acréscimo de R$ 20 reais por quilo de peixe encontrado.

Nos trechos dos rios federais que fazem divisa com outros estados, a pesca continua proibida até o dia 28 de fevereiro, seguindo normas federais. Em áreas de unidade de Conservação a pesca é proibida durante todo o ano.  
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