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Notícias / Saúde e Beleza

Modelo de Nova Mutum representa Mato Grosso no 'Miss Brasil Trans'

Da Redação - Isabela Mercuri

A mutuense Sheron Barros, 20, vai representar Mato Grosso no concurso ‘Miss Brasil Trans Unificado’, que acontece em Belo Horizonte no próximo dia 28 de outubro.  Ela vai competir com representantes de outros estados do país e, se ganhar, consegue uma vaga no Miss Universo, que acontece na Itália em dezembro de 2018.

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Sheron é modelo, e já participou do concurso ‘Garoto Estudantil’ antes de sua transformação. Como transexual, esta é a primeira vez. “Eu vi que a promoter do evento estava procurando candidatas e entrei em contato com ela. Na época mandei fotos, conversei com ela e passei na seletiva”, conta.

Ela foi nomeada para representar o estado, já que por aqui nunca foi realizado um concurso de beleza trans. “Ano passado eu já tinha tentado participar, mas eu tive alguns problemas pessoais, e só dessa vez é que deu certo”, explica. “É uma honra pra mim fazer parte deste concurso e representar todos os LGBTs do nosso estado. Principalmente porque Mato Grosso é um dos estados com maiores índices de transfobia”.

Segundo Sheron, ela mesma já sofreu com discriminação e preconceito. “Principalmente no meu trabalho como modelo, tem vezes que não me aceitam para fazer as fotos de catálogos porque eu sou trans. Às vezes eu percebo, mas também já chegaram a me falar que não queriam vincular a imagem da marca com pessoas LGBT”.

Apesar disso, ela conta que em seu antigo trabalho, como vendedora, a situação era melhor. “Eu vendia roupas, então lidava diretamente com o público feminino. Os homens normalmente que são mais machistas”, afirma. Em casa, Sheron também não tem problemas. “Minha família me apoia e me trata como mulher. Nem parece que eu já fui um menino”.

Para o concurso, suas expectativas são as melhores possíveis. “O concurso é dia 28, mas três dias antes nós já estaremos confinadas em Belo Horizonte. É a primeira vez que vou pra lá e estou com expectativas muito boas de trazer o grande título pra cá. Mas, na verdade, o principal não é o título, e sim dar visibilidade a todos os LGBT e mostrar que eles podem ser o que quiser”, finaliza. 

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