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Notícias / Política Cultural

Projeto de agentes penitenciários muda realidade de crianças e adolescentes do interior do Estado

Da Redação - Naiara Leonor

Convivendo diariamente com a criminalidade, agentes penitenciários de Campo Novo do Parecis agiram para mudar essa triste realidade e colocaram em prática suas ideias por meio do projeto “Agente Mirim”, que desde o último sábado (13) tem levado esporte, conhecimento e desenvolvimento social até crianças e adolescentes do município.

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Idealizado pela Associação dos Agentes Penitenciários de Campo Novo do Parecis e executado pelos servidores da Cadeia Pública da cidade, o projeto Agente Mirim tem por objetivo auxiliar Estado e família na formação desses jovens por meio da oferta de ações educacionais e esportivas, como escolinha de futebol, capoeira, rapel, instrução pedagógica, artesanato e outros.

Oferecer uma nova formação de valores para os adolescentes e dessa forma mostrar caminhos diferentes ao da criminalidade foi a maneira que esses agentes da cidadania encontraram para contribuir com a construção de uma comunidade melhor.

De acordo com a direção da cadeia, os agentes possuem formação em diversas áreas e cada um ofertará uma oficina dentro da sua área de conhecimento. E o que foi projetado para atender inicialmente 30 crianças e adolescentes, virou sucesso entre o público alvo, que quadruplicou em participação: 125. “Os assistidos têm entre 10 e 16 anos de idade e a quantidade de crianças que aderiram ao projeto mostra o seu sucesso. Estamos felizes com o resultado e com a proporção que nosso trabalho tem tomado aqui na cidade”, avaliou o agente penitenciário Fábio Aguiar, coordenador do projeto.

Segundo Aguiar, a ação nasceu da vontade de realizar um trabalho social que beneficiasse a comunidade. “Este trabalho é realizado sem nenhuma remuneração e felizmente conseguimos colocá-lo em prática dando início às atividades”, contou o coordenador.

O projeto teve início no último sábado (13) e está sendo realizado nas dependências recreativas da Cadeia Pública da cidade. Segundo o coordenador, serão atendidos 60 adolescentes na primeira turma, ficando os demais inscritos em uma lista de espera. Em caso de desistências, serão chamados os que estão na lista.

Para dar continuidade a projetos como este os envolvidos buscam parcerias junto à sociedade. “Realizamos um torneio de futebol para angariar recursos e tivemos apoio irrestrito de colegas de outras unidades; e construção de duas salas, onde o projeto é executado. É resultado do nosso trabalho”.

Representantes dos poderes Judiciário e Legislativo, Conselho Tutelar, Conselho de Segurança, Polícias Civil e Militar participaram da abertura das atividades.
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