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Sexta-feira, 03 de maio de 2024

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Cientistas simulam a evolução do universo em computador; Vídeo

Foto: Illustris Collaboration

Cientistas simulam a evolução do universo em computador;  Vídeo
Imagem da simulação mostra uma comparação entre a distribuição de matéria escura (esquerda) e a densidade de gás visível

A revista Nature acaba de divulgar os resultados de um novo modelo científico que simula todo o processo de evolução do universo, desde o seu início (mais especificamente, 12 milhões de anos após o Big Bang) até o dias atuais, 13,8 bilhões de anos depois. O modelo, desenvolvido por um time internacional de cientistas, reproduz de maneira bastante fidedigna a distribuição atual de galáxias e de diferentes tipos de matéria (incluindo a matéria escura) no universo observável, o que atesta sua aplicabilidade como ferramenta de pesquisa para o entendimento de como as coisas são do jeito que são hoje no espaço e porquê.

Trata-se de um modelo matemático-digital, cujos resultados estão representados visualmente neste vídeo acima (http://youtu.be/SY0bKE10ZDM). Para entender o conceito científico por trás dele, imagine o seguinte: As previsões do tempo e do clima na Terra também são baseadas em modelos matemáticos, rodados em supercomputadores, que simulam o funcionamento dos ventos, das correntes oceânicas, das florestas, das nuvens, etc, e produzem, com base nisso, uma previsão de qual será o resultado da combinação de todos esses fatores funcionando juntos num determinado período de tempo para uma determinada região.

A melhor maneira de medir a acurácia de um modelo é rodá-lo para um período no passado e ver se a previsão gerada por ele é compatível com o que foi observado na vida real para aquele período (por exemplo, alimentar o modelo com dados referentes à década de 2003-2012 e ver se a previsão dele para 2013 combina que o vivemos de fato naquele ano). Se ele funcionar bem para o passado, podemos imaginar que as previsões dele para o futuro serão igualmente confiáveis. Todas as previsões de mudança climática para as próximas décadas e séculos, por exemplo, são feitas com base nesse tipo de modelagem matemática.

O que os pesquisadores fizeram neste caso foi mais ou menos a mesma coisa; só que em vez de simular a evolução do clima no nosso pequenino planeta (o que já é um desafio imenso, diga-se de passagem), eles simularam a evolução de toda a matéria no universo por quase 14 bilhões de anos. E o resultado final do modelo é bem parecido com o que enxergamos lá fora hoje através dos nossos telescópios.

Segundo a narração do vídeo da Nature, fazer essa mesma simulação num computador caseiro tradicional levaria cerca de 2 mil anos. Imagine só!

O estudo, liderado por cientistas do MIT e Harvard, pode ser visto aqui

Uma reportagem no site da Nature sobre o assunto pode ser lida aqui: 

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