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Quarta-feira, 24 de abril de 2024

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265 ANOS

Cuiabá comemora aniversário de Mato Grosso falando sua própria língua

Foto: Lidiane Barros - OD

Cuiabá comemora aniversário de Mato Grosso falando sua própria língua
Ney [Matogrosso] não veio, mas outras dezenas de artistas mato-grossenses vieram! Na comemoração dos 265 de Mato Grosso a celebração foi muito mais cuiabana que o próprio aniversário de Cuiabá, comemorado no mês passado. Teve autoridade sentindo mal estar...

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Nesta quinta-feira (9) pela manhã, não só aspectos culturais da capital, mas como artistas daqui estiveram representados em um sarau lítero-musical sob a regência do multiartista e animador cultural, Luiz Marchetti, que foi fiel às origens. A capital mato-grossense buscou o reforço de sua identidade em meio a tantos “paus grudados” – como disse o escritor Avelino Tavares - falando sua própria língua. Dada sua originalidade e “resistência” perdura com mais de 1500 expressões que não são encontradas em dicionário algum, como já me disse certa vez o escritor Moisés Martins.

A novidade é que a Secretaria de Estado de Cultura anunciou na ocasião que o linguajar cuiabano a partir deste aniversário de Mato Grosso tornou-se patrimônio imaterial da cultura mato-grossense. O tombamento está consolidado pela portaria 017/2013 de 21 de abril deste ano. Resumindo: a “cuiabanada” lavou a alma.

Como manda o figurino, autoridades políticas abriram as comemorações, entre os representantes da Academia de Letras de Mato Grosso, como a presidente da instituição, Nilza Queiroz. Ao lado dela estavam o prefeito da capital, Mauro Mendes, o governador Silval Barbosa, a secretária de Estado de Cultura Janete Riva e o José Riva, que mesmo tendo sido afastado da presidência da Assembleia fora apresentado como tal. O secretário de Município de Turismo e Cultura, Marcus Fabrício chegou atrasado e parecia tímido. As notícias da semana não foram muito boas para ele.

Mas voltando à cerimônia, o dueto Vera Capilé e Habel dos Anjos encantou mais uma vez na execução do hino de Mato Grosso. Os presentes não perceberam muito bem que se tratava do hino e permaneceram sentados. Sagaz, Janete chamou o governador e daí para frente, efeito dominó.

Wanda Marchetti, Bia Correia e Ritá de Cássia deram um show de “cuiabanês”, inspiradas pelos versos de Silva Freire. Na sequência, seo Avelino recitou “Chão Moiado”, um poema de sua autoria. Foi aí que ele apresentou o “conceito” de pau grudado. Rita também cantou mais um pouquinho de Cuiabá pela composição de Maurício Detoni, radicado no Rio de Janeiro.

Manifestações culturais como siriri e o cururu tiveram um encantamento especial, afinal, foi o grupo Incluart –formado por crianças com síndrome de down-, interagindo com o trio formado por Wanda, Bia e Rita que animaram a festança.
Saindo dali, todos seguiram em cortejo para o MT Fomento, antiga residência dos governadores, embalados pela banda de sopro Charanga Sonora. Bolinha não foi.

No local onde um “sustante” chácobolo estava à espera dos presentes, a poetisa Luciene Carvalho, Vital Siqueira, Raul Lázaro e Jennifer Reis recepcionaram os presentes. Entre eles, outros artistas. Foi lá também que Dona Lígia, deu um emocionante testemunho sobre o marido, o ex-governador Garcia Neto. De lá, todos seguiram para a praça Alencastro para hasteamento da bandeira. Lá, as bandas dos Bombeiros, Polícia Militar e Exército aguardavam para o encerramento.
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