Após três edições realizadas na rua 13 de Junho, no Centro Histórico de Cuiabá, a Feira do Centro passa a ocupar um novo endereço: o tradicional Calçadão da Galdino Pimentel. A mudança ocorre depois de uma sondagem conduzida pelo Núcleo de Inteligência de Mercado da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), que apontou insatisfação entre empresários com o fechamento da via aos sábados.
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De acordo com o levantamento, 59,3% dos comerciantes da região relataram queda nas vendas nos dias em que a rua foi interditada. Embora a pesquisa indique aumento na circulação de pessoas, esse movimento não se refletiu em resultados positivos para o comércio local.
A CDL também reuniu sugestões de lojistas e trabalhadores, como a padronização das barracas, melhor organização do trânsito e ampliação das atrações culturais e gastronômicas.
A Prefeitura de Cuiabá confirmou que, a partir deste sábado (11), a feira será realizada no Calçadão da Galdino Pimentel. O espaço, que acaba de receber melhorias na iluminação e passará por limpeza reforçada, deve concentrar a movimentação de pedestres e liberar o trânsito na rua 13 de Junho.
Na última edição, realizada no sábado (4), na Rua 13 de Junho, o evento transformou o centro histórico em um grande ponto de encontro, com feira livre, artesanato, antiguidades, produtos da agricultura familiar e atrações culturais. Apresentações de siriri com o grupo Laura de Vicuña, do bairro Pedra 90, e o show do músico Neto Morais animaram o público, garantindo um clima festivo e familiar.
Com a transferência para o Calçadão da Galdino Pimentel, todos os feirantes que participaram das edições anteriores serão realocados para a nova área. Segundo o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho, Turismo e Agricultura, Fernando Medeiros, a feira vem sendo realizada em caráter experimental, com avaliação constante para aprimorar o formato.
“Já cadastramos mais de 70 feirantes e estamos testando diferentes modelos para fortalecer o comércio local e gerar desenvolvimento. O balanço é muito positivo: o público aderiu, os lojistas aprovaram e os resultados são visíveis”, destacou.
Além da feira livre e dos produtos artesanais, a nova edição reforçará o Espaço do Desapega, onde o público poderá vender, trocar ou negociar itens em bom estado; o setor de antiguidades, que ganha força; e a Feira da Agricultura Familiar, com produtos direto do campo. Haverá ainda atrações musicais e artísticas ao longo do dia, reforçando o caráter cultural da iniciativa.
A comerciante Anette Zephirin comemorou os resultados. “Graças a Deus está sendo ótimo, o movimento é grande e os clientes procuram de tudo. As vendas aumentaram bastante”, contou. Já Cirlene Maria Salles Soares, produtora de pães e doces caseiros, afirmou que o faturamento cresceu cerca de 30%. “Foi minha primeira vez na feira e fiquei muito feliz com o resultado. As pessoas estão comprando e elogiando nossos produtos”, disse.