O servidor público Rogério Masasi, de 53 anos, partiu da cidade de Alta Floresta, no extremo norte do estado, e percorreu mais de 6 mil quilômetros até chegar à cidade mais austral do planeta: Ushuaia, na Patagônia Argentina. A aventura, que durou cerca de duas semanas, foi realizada a bordo de uma Yamaha Crypton 115 cilindradas, modelo considerado simples e pouco indicado para longas distâncias, especialmente em regiões com clima extremo e terreno desafiador.
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Ao
Olhar Conceito, Rogério contou que já estava acostumado com o ritmo lento da pequena moto e não se intimida com a potência limitada. Pelo contrário, ele vê nisso uma forma de conexão com outras pessoas."Penso que viajar com uma moto pequena acaba chamando a atenção de várias pessoas e muitas chegam pra conversar e saber da viagem".
A expedição até Ushuaia, conhecida como o "fim do mundo", já estava nos planos de Rogério há anos. No entanto, o projeto saiu do papel após convite de outro motoviajante, Luis Barros, de Paraúna (GO), que já tinha uma data prevista para realizar a jornada.
Além da longa distância, o mato-grossense enfrentou fortes ventos e o frio intenso, mesmo durante o outono na Patagônia. Por experiência própria, ele sabia que imprevistos mecânicos poderiam ocorrer. Em uma viagem anterior pela Argentina, teve dificuldade para encontrar peças específicas, como kit de transmissão e pneus. Por isso, desta vez, foi preparado: "Estou levando um pneu traseiro sobressalente, câmara de ar, filtros de óleo e kit de transmissão", explicou.
A mesma motocicleta já levou Rogério a outros destinos marcantes, como o deserto do Atacama, no Chile, além de diversas viagens até o sul e sudeste do Brasil. Rogério ainda está em viagem pela Argentina e há um dia estava perto de chegar em Bariloche. A aventura de moto há dura 30 dias.
"A minha intenção é poder incentivar outras pessoas com o mesmo espírito de aventura a tirar do papel um sonho de viajar, não necessariamente de moto", finalizou.
