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Terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

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'cuiabano raiz’

Influenciador vai às ruas com perguntas sobre lambadão ou melhor baguncinha de Cuiabá: ‘vivo 100% do perfil”

Foto: Reprodução

Influenciador vai às ruas com perguntas sobre lambadão ou melhor baguncinha de Cuiabá: ‘vivo 100% do perfil”
“O que você faria se descobrisse que seu filho não gosta do Scort Som?” ou “Qual o melhor baguncinha de Cuiabá?”, são algumas das perguntas feitas pelo influenciador digital, André Moura, de 27 anos, para os cuiabanos que ele encontra nas praças do Centro da cidade. O resultado são vídeos descontraídos e cheios de humor que viralizam frequentemente no perfil do Instagram “Cuiabano Raiz”, onde André já acumula mais de 270 mil seguidores. 


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“Nunca passou pela minha cabeça, porque foi algo muito rápido, quando começou a viralizar, em coisa de dez dias, fui para mais de 50 mil seguidores, antes eu tinha 2 mil. Foi um atrás do outro, até hoje não caiu a ficha ainda, só fui levando. É muita gente”, diz André ao lembrar da chegada rápida de seguidores ao perfil. 

Ao Olhar Conceito, ele conta que tinha pouco mais de 2 mil seguidores quando criou o perfil, em junho do ano passado. No início, André pensava em usar o espaço virtual para mostrar os “cuiabanos raiz” que moravam na cidade, mas tudo mudou quando ele começou a aparecer e se tornou o “Cuiabano Raiz”. 

“No início, a intenção não era que eu aparecesse, era para mostrar os cuiabanos raiz da cidade, mas a página começou a viralizar, fui colocando lambadão… Acabou que tive que começar a aparecer”. 

A fama virtual se tornou realidade em uma velocidade que impressionou o cuiabano, fazendo com que o perfil virasse fonte de renda para André, que passou a trabalhar com publicidade. “Hoje vivo 100% da página”, ressalta o influenciador digital. 

Nos vídeos publicados por André, o sotaque e as referências cuiabanas estão sempre presentes. Depois de viralizarem, elas também invadem os feeds de outros usuários da rede social, dentro e fora de Cuiabá. Quando era mais jovem, ele chegou a ter vergonha da própria cultura, sentimento que também faz parte do relato de outros cuiabanos. 

“Já morei com um tio meu, ele gostava muito de ouvir lambadão, ir para as festas de lambadão. Quando eu era criança, eu não gostava, meio que tinha um preconceito, mas depois isso foi entrando em mim, fui gostando bastante. Depois, quando já tinha a página no Facebook, de tanto postar sobre a cultura cuiabana, acabei me apaixonando muito mais”. 

Ao sair para gravar nas ruas de Cuiabá, André foca em dois tipos de público: jovens e os “cuiabanos raiz”, pessoas mais velhas que costumam esbanjar bom humor sem poupar o sotaque arrastado e tradicional. 

“Geralmente gosto de perguntar para estudantes mais novos, que na maioria das vezes não conhecem muito a nossa cultura, são muito ligados em funk e trap, coloco a música para tocar, eles não vão saber qual é, mas depois que o vídeo for publicado, eles serão instigados a pesquisar, saber o que é e entender mais da nossa cultura”. 

“Também gosto de entrevistar o pessoal mais velho, são cuiabanos muito engraçados de nascença, da natureza mesmo, são ‘memes’ ambulantes”, continua. 

Diferente do que viveu no passado, o contato com jovens nas ruas de Cuiabá mostrou para André que a nova geração não esconde o orgulho da própria cultura. 

“Vejo os jovens sempre gostando, os que não conhecem, é porque não tiveram isso inserido na vida deles, os pais não ouviam em casa. Mas não vejo mais um preconceito como tinha antes, o pessoal falava que quem gostava de lambadão era ‘povo feio’, tinha uma discriminação. Hoje em dia já mudou muito, você vai em casas renomadas e toca lambadão”.
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