Quando o novo prédio da Educação Básica do Colégio Notre Dame começou a ser projetado, a equipe liderada pela diretora da unidade, irmã Marluce Almeida, prezou pelo acolhimento e intencionalidade pedagógica em cada cômodo da estrutura, que conta com Sala do Soninho, Cozinha Experimental, Ateliê e Sala de Dança. O espaço foi inaugurado na noite dessa quinta-feira (10), oportunidade em que os pais puderam visitar cada um dos ambientes.
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A obra do prédio começou há dois anos e no próximo ano letivo, em 2025, os alunos já poderão desfrutar das novas salas de aula. A noite de inauguração foi recheada de emoção, começando pela homenagem realizada para a irmã Denize Mendes, de 80 anos, única viva entre as fundadoras do Colégio Notre Dame. A irmã Marluce também foi homenageada pela equipe e alunos, mas ressaltou a importância do envolvimento da comunidade para que o projeto saísse do papel.
Ao Olhar Conceito, ela afirmou que ver os pais e crianças conhecerem o espaço pela primeira fez foi a realização de um sonho. "Acreditamos que a nossa proposta como Rede Azul, como Colégio Notre Dame de Lourdes, através desse projeto que começa na Educação Infantil e na potencialização dessas crianças, a tendência é formarmos grandes pessoas, não somente grandes profissionais, grandes pessoas".
A diretora do Colégio Notre Dame ressaltou que uma nova metodologia, que já começou a ser implantada no antigo prédio, também foi pensada em conjunto com a criação do projeto. As propostas pedagógicas construídas por Reggio Emilia e Emília Ferreiro, auxiliaram na arquitetura, com o conceito "do bosque à sala de aula".
Inauguração do espaço teve homenagem para a irmã Denize Mendes, uma das fundadoras do Colégio Notre Dame. (Foto: Olhar Direto)
Árvores frutíferas como mangueiras e bananeiras foram plantadas no terreno. Nos fundos do novo prédio, um parquinho com "conceito de cidade" une o urbano e o rural. "Esse é o projeto marcado por uma intencionalidade pedagógica, baseada em muitas teorias pedagógicas e há dois anos estamos investindo em uma equipe de professores, grande investimento na metodologia que já estamos atuando no outro prédio, mas aqui teremos espaços para potencializar mais isso. Cada lugar aqui foi pensado, desde as cores, cada lugar tem uma intencionalidade pedagógica".
Para além do conhecimento, irmã Marluce espera que o novo prédio funcione como base para o desenvolvimento de pessoas sensíveis e com potencial de acolhimento, algo que também foi primordial na fase de projetar a estrutura.
"Pessoas sensíveis, humanas, capazes de compreender e acolher o outro, de incluir, de amor na diversidade, pessoas capazes de reconhecer a presença de Deus em tudo, ver todas as coisas com os olhos de Deus como diz a nossa fundadora Santa Emillie. Nós temos uma espiritualidade que é marcada pela presença de Deus em todas as coisas, é o amor onde Deus impera, desejo muito que as crianças sejam muito felizes, que tenham muitos sorrisos aqui, muita criatividade e muito afeto".
Quando pensa no próximo ano letivo, quando os corredores e salas do novo prédio da Educação Básica serão ocupados pelos alunos, a diretora do Colégio Notre Dame sonha com um espaço de afeto e de escuta.
"Espero que as crianças possam se desenvolver plenamente em todos os seus sentidos, que esse seja um espaço de muito afeto, que todos nos enquanto educadores possamos ter uma escuta ativo e um olhar de pesquisadoras para cada movimento das crianças. Que elas possam desenvolver plenamente suas potencialidades, suas formas artísticas de ser, todos os seus talentos, claro, levar o conhecimento, mas de uma forma lúdia e prazerosa".
A arquiteta Márcia Baziqueto, do ArqHome, explicou que a ideia inicial do projeto foi priorizar a alegria e o acolhimento das crianças, partindo da ideia de um bosque, representado pelas árvores, que leva para a cidade, representado pelo parquinho.
"A gente integrou a arquitetura com a parte externa e interna, fazendo como se eles convissem em uma grande cidade. Na Sala do Soninho, por exemplo, trabalhamos com cabanas de vários modelos, então ficou como se fosse uma floresta e trouxemos o Pequeno Príncipe, uma ideia bem lúdica para que as crianças brincassem e se divertissem como está acontecendo agora. A gente quis provocar tudo isso".