O Dia do Cabelo Maluco existe desde os anos 90 nas creches e escolas dos Estados Unidos mas, neste ano, chegou ao Brasil com força total e as inspirações se tornaram a maior parte do conteúdo recomendado pelos algoritmos em redes sociais como Instagram e TikTok. Nesta semana em Cuiabá, mães e pais foram às lojas de aviamentos para comprar o que precisavam para executar as ideias que encontraram na internet. A movimentação fez com que produtos como spray de cabelo sumissem das prateleiras.
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O Dia do Cabelo Maluco faz parte da programação das escolas de comemoração do Dia das Crianças, que será neste sábado (12). A intenção da brincadeira é trabalhar a criatividade das crianças, além de proporcionar um momento em família durante a execução dos cabelos. Nas redes sociais, as inspirações de arte capilar são cada vez mais inusitadas, envolvendo não apenas cores, mas texturas, objetos e até comida.
A vendedora Maria Carolina da Silva, de 43 anos, trabalha na Realmat, em Cuiabá, há seis, mas revela nunca ter visto algo se tornar uma febre como o Dia do Cabelo Maluco. Nessa quarta-feira (9), a loja chegou a vender dois carrinhos cheios de spray colorido para apenas uma cliente, que quis garantir a arte capilar no condomínio em que mora.
"Spray de cabelo é o que mais está saindo, chegou uma remessa hoje e já acabou. Hoje uma cliente veio comprar para a sala inteira, 40 sprays. Vamos dizer que eu venda três unidades por semana em uma época normal".
Apesar de não ter filhos, Maria Carolina gosta de brincar com a criatividade e tem consumido muito do conteúdo sobre cabelos malucos sugeridos pelo algoritmo do TikTok, por isso ela tem conseguido ajudar os pais e mães indecisos sobre o que fazer para participar da brincadeira.
Vendedoras da Realmat dão dicas de cabelo maluco para os pais. (Foto: Olhar Direto)
A vendedora garante que não há necessidade de gastar muito dinheiro para criar algo único e criativo. "Vejo muitos pais chegando aqui e procurando peruca, mas não é maluco, cadê a criatividade de montar? Agora pouco mesmo vi um porco-espinho e o que a pessoa comprou na loja? Só os olhinhos. Então, você não precisa gastar muito para fazer o cabelo maluco, é mais a criatividade. Todo mundo tem algodão em casa, dá para colocar e comprar as aranhas de plástico aqui. É para ser algo educativo e lúdico".
Na Poesy, que também funciona na avenida 15 de Novembro, em Cuiabá, o estoque de spray de cabelo comprado para durar um mês acabou nesta semana, fazendo com que a loja providenciasse mais às pressas para encher as prateleiras, que logo começaram a esvaziar novamente.
A vendedora Wedna Azevedo, de 49 anos, trabalha há quatro na Poesy e conta que estava acostumada a ver um estoque de 100 unidades de spray de cabelo durarem, pelo menos, um mês. Apesar do produto ser o mais procurado, os pais e mães também têm ido à loja para encontrar o que precisam para compor os cabelos malucos dos filhos.
"Tem mãe que compra saquinho de pipoca, forminha de cupcake, bichinhos ou balões. Aqui tem muitas coisas para criar um cabelo maluco e tem sido uma demanda muito alta durante a semana".
Mãe de uma menina de 11 anos, Josiane Dias, de 47, foi até a Poesy com a missão de ajudar a filha a criar um cabelo maluco. Ela conta que foi avisada de última hora pela escola, mas decidiu se empenhar na brincadeira. Apesar de Andressa Dias ter escolhido uma referência de abelha que encontrou no TikTok, mãe e filha criaram algo novo durante o passeio pela loja.
"Vimos uma referência para fazer de abelha, agora vai ser cabelo maluco de anjo, compramos spray para pintar o cabelo dela. É a primeira vez que ela participa, minha irmã trabalha com decoração e vamos inventar lá na hora, porque o que ela achou na internet não está dando certo. Gosto de participar dessas coisas com ela".
Além do spray colorido, outros itens podem ser usados na hora de fazer a arte capilar nas crianças. (Foto: Olhar Direto)