Depois de participar de um encontro do "Elas Pescam", de São Miguel do Araguaia (GO), a empresária Tatiane Rodrigues da Silva, de 40 anos, decidiu criar o próprio o grupo de amigas apaixonadas pelo universo da pescaria, o "Girls Fishing". Em 2021, ela abriu para que outras mulheres que gostam de pescar entrassem na equipe, que hoje conta com 45 participante e lista de espera por conta da demanda de novas interessadas em viajar pelo Brasil para pescar, incluindo os rios de Mato Grosso.
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Elas chegaram em Luciara (a 1.180 km de Cuiabá) em 25 de setembro para a operação de pescaria que seguiu até a última sexta-feira (30). No Instagram, o grupo costuma compartilhar os momentos de descontração e os resultados da pesca. Elas registraram a cantoria em um dos rios de Luciara, por exemplo, e o vídeo viralizou na rede social chegando 1,4 milhão de visualizações.
"Realizei o 1° Girls Fishing só com amigas, depois o segundo e aí só foi crescendo a quantidade de amigas querendo participar do evento até que em 2021, na 3ª edição, senti a vontade de abrir o grupo para novas integrantes, foi quando uma brincadeira de amigas cresceu tanto que hoje virou um dos maiores grupos de pesca esportiva feminina do Brasil. Um projeto que começou com 16 participantes, hoje somos em 45 e mesmo assim não consigo levar nem a metade de todas que querem ir, tenho uma lista de espera enorme para todos as operações graças a Deus", conta Tatiane.
Além de pescar nos rios, o grupo também planeja viagens para pescar em alto mar, algo que a empresária destaca como inédito no Brasil. "Somos o primeiro grupo feminino no Brasil nessa modalidade de pesca ocênica".
As viagens são planejadas com um ano de antecedência por conta da logística que as operações envolvem, explica Tatiane. Sobre o preconceito por estarem em um ambiente que é associado aos homens, a empresária conta que comentários machistas fazem parte da rotina das mulheres do grupo.
"Sofremos preconceito diariamente nesse esporte, é só vocês darem uma lida nos comentários dos nossos vídeos e fotos. Por incrível que pareça, o preconceito é 99% vindo de homens".