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Domingo, 08 de dezembro de 2024

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sobremesa para o calor

Pistache, Oreo e Brownie: inspirada em tendência gringa, cuiabana transforma cheesecake em torta gelada no palito

Foto: Reprodução

Pistache, Oreo e Brownie: inspirada em tendência gringa, cuiabana transforma cheesecake em torta gelada no palito
Inspirada em uma receita gringa, a "cheesecake pops", a confeiteira cuiabana Larissa Ribeiro Tortorelli, de 27 anos, transformou a sobremesa originalmente estadunidense em uma torta gelada no palito, que combina com os dias de calor intenso em Cuiabá. A versão de Larissa, que é vendida na Confeitaria Cindiló, que funciona com delivery e retirada na avenida Fernando Corrêa, ganhou três sabores autorais: Oreo com Nutella, Pistache com Frutas Vermelhas e Brownie com Ferrero Rocher. 


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A torta no palito foi criada por Larissa como produto especial para ser vendido no Festival do Chocolate, que aconteceu neste mês na Arena Pantanal, em Cuiabá. Nos três dias de evento, a confeiteira vendeu uma média de 800 unidades. O que era para ser algo sazonal precisou entrar no cardápio fixo da Cindiló, já que ela começou a receber dezenas de mensagens pedindo pela sobremesa geladas. 

"O Festival do Chocolate foi muito bacana, muita gente comprou e, como era uma novidade, principalmente o de Pistache, que foi o auge. Deu até briga", brinca Larissa ao lembrar do tamanho da demanda que recebeu no evento. 

Para o processo de criação, a confeiteira estudou sobre as tendências do mercado de sobremesas, dedicida a criar algo que combinasse com o calor de Cuiabá. Quando encontrou a receita de cheesecake no palito, começou a fase de criação da própria versão e dos testes. 

"Como aqui é muito calor e, geralmente, as pessoas buscam sobremesas geladas. Comecei a testar, fiz vários cursos, provas e chegamos aos três sabores finais: Oreo com Nutella, Pistache com Frutas Vermelhas e Brownie com Ferrero Rocher". 

Sobre a montagem, a confeiteira explica: "a de Pistache, por exemplo, é uma camadinha de biscoito, no meio um creme a base do cream cheese com chocolate branco e, nesse caso, saborizado com pistache, fazemos uma camada de geleia de frutas vermelhas e chocolate branco por cima para blindar tudo. Depois dela pronta, banhamos no chocolate e colocamos no palito para vender gelado". 
 

Jornada de (re)descoberta 

Antes de começar a fazer doces, Larissa cursava psicologia, faculdade que concluiu em 2020. Ela chegou a abrir o próprio consultório e atendeu durante um ano, mas não conseguiu se desvencilhar da paixão pelo universo da confeitaria. 

"Quando formei, ainda abri o consultório, fiquei um ano atendendo, mas o coração sempre bateu mais forte pela confeitaria, então em 2022, em abril, comecei a me dedicar exclusivamente a Cidilô. Foi algo bem ao acaso mesmo". 

Apesar de definir a confeitaria como um "acaso", a relação com a gastronomia atravessa gerações e começou com os avós, que ela lembra que sempre faziam "muitas delícias" na casa da família. 

"Sempre gostei de cozinhar, de fazer receitas para testar em casa, com a família, e os avós sempre fizeram muitas delícias em casa, muitas sobremesas, minha avó vende queijo fresco e iogurte, então sempre estive nesse meio". 

Sobremesa é uma adaptação da cheesecake e é vendida gelada com cobertura de chocolate para garantir crocância. (Foto: Reprodução)

Os primeiros doces de Larissa foram produzidos em plena pandemia da covid-19, em julho de 2020, quando ela começou a fazer bolos. Não demorou para que os clientes que estavam sozinhos pedissem por unidades menores e ela começasse a incrementar o cardápio. 

"Comecei em 2020 no meio da pandemia, estava todo mundo muito fechado. Vendo vários vídeos e programas de culinária, fui gostando cada vez mais dessa área e acabei abrindo a loja quando estava formando em psicologia. Fazia bolos caseiros, fui diminuindo o tamanho porque tinha gente que morava só, não comprava o bolo grande, fui para o pão de mel e, hoje, somos uma confeitaria artesanal com um pouco de tudo". 

O acaso que levou Larissa para a confeitaria, hoje, é motivo de fecidade. "No início deu um pouco de medo, mas hoje sou muito feliz e grata por ter encontrado essa profissão, não sei se estaria tão feliz como sou se estivesse trabalhando como psicológa". 
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