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Terça-feira, 08 de outubro de 2024

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Vivência em ateliê de Cuiabá une criação de peças de cerâmica ‘do zero’ e degustação de vinhos

Foto: Reprodução

Vivência em ateliê de Cuiabá une criação de peças de cerâmica ‘do zero’ e degustação de vinhos
A cerâmica entrou na vida de Fernanda Costa Marques Saldanha, que prefere ser chamada de “Fefa”, apelido que ganhou da mãe, durante a pandemia da covid-19, em 2020. Desde que começou a se dedicar a arte de manusear o barro e transformá-lo em peças “eternas”, Fefa também passou a espalhar a palavra para outras pessoas, como faz na vivência em seu ateliê em Cuiabá, que une a degustação de vinho ao processo de criação. 


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A vivência “cerâmica e vinho” será em 4 de julho, no Ateliê Fefa Cerâmicas, no número 100 da rua Ressurreição, no bairro Cidade Alta, em Cuiabá. O material que será usado pelos participantes na produção das peças está incluso no valor. As peças produzidos serão esmaltadas pela ceramista e entregues após 30 dias. 

Ao Olhar Conceito, Fefa conta que a cerâmica foi um alívio da ansiedade gerada pelo período de incertezas da pandemia da covid-19. Acostumada a usar práticas esportivas para extravasar, ela entrou em um novo universo quando transformou placas de argila, técnica 100% manual, em utilitários pela primeira vez. 

“O que aconteceu é que comecei a presentear as pessoas com as minhas peças e elas começaram a pedir para mim. Nas férias das minhas aulas, resolvi criar uma mini coleção, sempre fazendo tudo em casa. Pensei: se eu vendê-las em três dias nos grupos de Whatsapp que participo, vou investir em aulas de torno e investir nisso, porque me encontrei. Eu vendi tudo em três horas”. 

Animada, Fefa buscou por aulas de torno para modelar as peças de cerâmica. Ela explica que, na nova técnica, a quantidade de produção dobrou e as peças foram se acumulando pela casa, onde ela fazia as peças até então. Foi assim que a ceramista decidiu buscar pelo próprio espaço, abrindo o Ateliê Fefa Cerâmicas. 

Dois ceramistas cuiabanos foram como “mestres” para Fefa: Osmar Virgilio, do Ateliê Barro Vivo, que produz peças em torno, e Irani Laccal que, além da produção, dá aulas de placa e esmaltação. 
 

Vivência em grupo 

Para Fefa, a cerâmica funciona como uma prática terapêutica e, por isso, os interessados em participar da vivência não precisam ter noções básicas ou conhecimento sobre a arte. 

‘Você está ali lidando com a sua alma, exige uma entrega muito grande, sempre falo para as pessoas que vêm na vivência do meu ateliê: a criação é uma extensão de você e da sua alma. Quando as pessoas começam a fazer as peças na vivência, sempre digo que não tem nada errado, feio ou imperfeito. O que você criar aqui é seu, respeite a sua criação, admire e acolha, porque ela é linda”. 

Além disso, a atividade em grupo também possibilita conhecer pessoas e criar novas conexões. “Isso é inspirador até para se criar. Só vejo pontos positivos em fazer cerâmica em grupo, porque até com a pessoa que você não sabe lidar bem, você aprende”. 

A ideia de acrescentar o vinho na vivência surgiu quando Fefa passou a ver experiências parecidas envolvendo arte em outros países. Apaixonada por vinhos, ela sempre se interessou em viajar para conhecer vinícolas e conhecer novos rótulos. 

“A minha relação com vinho é antiga, desde que comecei a apreciar vinhos, comecei a fazer muitas viagens para vinícolas onde poderia fazer degustações, então o vinho está na minha vida como a água. Amo, adoro degustar e conhecer novos lugares. Meu sonho é, um dia, ter um ateliê dentro de uma vinícola”.

Entre os feedbacks que recebe de participantes, é comum Fefa ouvir que eles nem “viram o tempo passar”. Ela explica que o tempo dentro do ateliê “é outro” e que o principal objetivo é deixar a criatividade fluir, algo que, muitas vezes, não é compatível com a correria diária. 

“A gente acaba se deixando de lado, a função da vivência é essa: parar um pouco e se conhecer, se ouvir. Muitos falam que nem viram o tempo passar. O bacana é depois você levar embora a sua criação”. 

Apaixonada pelas peças que produz e por passar a técnica adiante, Fefa ressalta que a cerâmica é mais que uma profissão. Para ela, é emocionante ver sua arte em forma de utilitários enfeitando mesas ou sendo presenteadas para pessoas queridas. “Isso para mim é propósito de vida”.
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