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Terça-feira, 15 de outubro de 2024

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Mulheres indígenas criam perfil no Instagram para divulgar produtos e cultura após formação

Foto: Reprodução

Mulheres indígenas criam perfil no Instagram para divulgar produtos e cultura após formação
Depois de participarem de um curso sobre mídias sociais na Aldeia Figueirinha, Terra Indígena Apiaá-Caiaby, em Juara, 24 mulheres indígenas dos povos Munduruku, Zoró, Caiaby e Apiaká criaram o perfil @projetomangap, no Instagram, para divulgar os produtos e cultura de suas etnias. Com isso, elas pretender criar conteúdo sobre as produções artesanais, castanha, ações e eventos nas aldeias. 


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No curso foram trabalhadas as características das mídias sociais, recursos, narrativas, produção de conteúdo em foto, texto, áudio e vídeo, edição e uso de aplicativos para construção de posts, com momentos teóricos e atividades práticas sendo realizadas durante toda a formação.

Conforme Luciene Morimã, que é Presidente da Associação Terra Indígena Apiaká-Caiaby, o espaço onde ocorreu a formação, também é certificado como ponto de cultura, representando a união e as lutas com projetos para a construção da unidade na Aldeia Figueirinha.

Maria Devanildes da Aldeia Itu Cachoeira, complementa que a comunicação é essencial para a luta e conquistas dos povos indígenas. Em depoimento uma das alunas afirma que é a primeira vez que participa de um curso, que esta é uma oportunidade importante para as aldeias, aprendeu muito e quer participar de mais formações.

O curso de Mídias Sociais para Mulheres Indígenas foi desenvolvido de forma concomitante com outras ações do Projeto Man Gap na Aldeia Figueirinha, como a formação em Gestão Organizacional para dirigentes de organizações comunitárias indígenas, que ocorreu entre em setembro, abordando Associativismo e Cooperativismo e a Capacitação em Boas Práticas de Coleta e Manejo de Castanha da Amazônia.

Atividades do Projeto Man Gap

Estas ações fazem parte do Projeto MAN GAP, da Associação do Povo Indígena Zoro Pangyjej Apiz, inserido no subprograma de Agricultura Familiar e de Povos e Comunidades Tradicionais, do Programa REM-MT e são resultados de um trabalho participativo de acordos em prol do desenvolvimento social, produtivo, econômico, organizacional e ambiental destes quatro povos indígenas envolvidos.

O Projeto Man Gap vem trabalhando para fortalecer a cadeia de valor da castanha da Amazônia nas terras indígenas da região Noroeste de Mato Grosso, promovendo visibilidade e a sustentabilidade dessa atividade econômica, através do impulsionamento ao desenvolvimento socioeconômico das comunidades indígenas, estimulando seu empoderamento e a valorização cultural da castanha da Amazônia.

Dentre as diversas iniciativas no âmbito do Projeto Man Gap está a realização de diversas formações que irão ocorrer entre os meses de setembro a novembro de 2023, como as oficinas de Gestão Organizacional com abordagem em Associativismo e Cooperativismo, Planejamento da Safra de Castanha da Amazônia nas Terras Indígenas e a Capacitação em Boas Práticas de Coleta e Manejo de Castanha da Amazônia.

Estas formações objetivam o fortalecimento da cadeia de valor da castanha nas terras indígenas da região Noroeste de Mato Grosso através da criação de um arranjo coletivo entre as organizações comunitárias dos povos indígenas, da instalação e melhoria de infraestrutura para o transporte, armazenamento, beneficiamento e comercialização; ampliação e melhoramento da infraestrutura na fábrica instalada na Terra Indígena Zoró e a instalação de uma fábrica nova de beneficiamento na Terra Indígena Apiaká-Caiaby, valorizando o trabalho dos indígenas e garantindo a conservação da floresta amazônica.

A capacitação para os Povos Apiaká, Caiabi e Munduruku aconteceu no município de Juara-MT. Para os meses de outubro e novembro a programação se volta para o Planejamento da Safra da Castanha da Amazônia e a continuidade das capacitações na Terra Indígena Zoró, Aldeia Zawã Karej no município de Rondolândia MT.
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