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Quinta-feira, 07 de novembro de 2024

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em restaurante ou festa

Com coleção de mais de 25 peças, jovem adere à moda das camisas de times: 'uso em todos os lugares'

Foto: Reprodução

Com coleção de mais de 25 peças, jovem adere à moda das camisas de times: 'uso em todos os lugares'
Na família de Marcos Vinícius, conhecido como “Marquinhos”, de 22 anos, o futebol sempre foi tradição. Filho e neto de torcedores do São Paulo, a foto do jovem ao lado do filho usando uma camisa do time confirma que a paixão pelo tricolor paulista atravessa gerações. Entre os amigos, Marquinhos é conhecido por sempre ser “o cara que só usa camisa de time”. 


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O tema ficou em alta no ano passado, quando MC Cabelinho, namorado da atriz cuiabana Bella Campos, mostrou que usava uma camisa do Inter de Milão para ir a um jantar romântico com Bella. O cantor precisou se pronunciar contra as críticas que estava recebendo e chegou a ser chamado de favelado. 

“Vou deixar bem claro para vocês: ganhar dinheiro ou ficar mais famoso não vai mudar a minha essência, o jeito que eu gosto de me vestir, o jeito que eu trato as pessoas e as coisas que eu gosto de fazer", escreveu MC Cabelinho na época. 

De restaurantes a passeios no shopping, festas ou eventos de família. Para ele, não há ocasiões em que os looks montados com as camisas de time não são bem-vindos. Aos poucos, Marquinhos começou a se tornar um colecionador e já possui 26 peças no guarda-roupa. 

“Acompanho bastante o futebol, gosto do Campeonato da Premier League. Acho que um dos times de preferência lá de fora é o Manchester City, mas desde criança acompanho o Barcelona também. Tenho do ABC, Paysandu, Dom Bosco, meu avô materno era dom-bosquino, do Operário de VG, do Mixto".

Marquinhos garante que a tendência de mesclar camisas de time e moda tem conquistado elogios. De acordo com ele, a qualidade da produção das camisas de time faz com que elas possam ser usadas em qualquer lugar, além da versatilidade na hora de montar os looks. Para Marquinhos, o “lifestyle” não deve acabar tão cedo. 

Paixão pelo futebol e pelo São Paulo é tradição na família de Marquinhos. (Foto: Arquivo pessoal)

“A galera acha que é só para torcer e tal, mas hoje as maiores produtoras do mundo trabalham com camisa de time, todas elas têm. Referências grandes como Nike, Adidas e Puma. É um lifestyle que vamos levar para sempre, porque o futebol não vai acabar. São cores, modelos e gostos diferentes. Hoje em dia, com essa questão da versatilidade das peças, hoje o preconceito acabou”. 

Entre as 26 peças da coleção, Marquinhos tem algumas dos times regionais, mas brinca que ainda está em busca de uma camisa do Luverdense. Há seis meses, o jovem uniu o amor pelo futebol com o trabalho, quando se tornou vendedor na loja Camisa 10 no Shopping Popular, em Cuiabá. 

“Com 26 já posso me considerar um colecionador. Escuto muitos elogios, porque são camisas bonitas. Não escolho qualquer uma, gosto de peças que se destacam”. 

Marquinhos começou a trabalhar na loja Camisa 10 há seis meses e uniu amor pelo futebol ao trabalho. (Foto: Bruna Barbosa/Olhar Direto)

Um dos sócios da loja, Hélio Carlos de Carvalho, de 35 anos, confirma a paixão de Marquinhos por futebol. Ele conta que quando chegam camisas novas na Camisa 10, o jovem já começa a pensar onde vai poder usá-las. 

“Agora é uma moda mesmo. São dois tipos de pessoas: tem o cara que gosta de futebol, mas é mais seletivo, usa só as do time, que é mais ou menos o meu estilo. E tem os clientes como o Marquinhos, que gostam das camisas de time no geral. Quando chega uma camisa branca com dourado, ele já pensa no Réveillon, se for uma vermelha, ele pensa no Natal. Vai mais para esse lado da moda mesmo”. 

Aumento na procura por camisas de time 

A nova tendência fez com que a procura por camisas de time na loja Camisa 10 aumentasse nos últimos meses. Hélio explica que as peças retrô, como são chamadas as peças antigas, são as que mais chamam atenção dos clientes. 

“O retrô é a linha que mais gostamos de trabalhar, é difícil porque dá trabalho para trazer. Na Copa do Mundo tivemos as camisas de 86 e 94. Foi uma loucura, acabava logo depois de chegar. Outra camisa que foi uma loucura no final do ano foi quando o Vasco estava subindo para a Série A. Lançaram umas camisas legais e conseguimos trazer a do Vasco dos anos 2000”. 

Assim como Marquinho, Hélio também é apaixonado por futebol e se considera sortudo por poder trabalhar com o esporte. 

“Hoje considero que sou apaixonado pelo meu trabalho e considero também que trabalho com futebol, porque estamos sempre conversando. Muitas pessoas de fora vêm aqui e buscam camisas dos times regionais”. 

A loja trabalha como revendedora do Dom Bosco e Operário, dois times regionais que são tradicionais. Hélio explica que muitos turistas que vão conhecer o Shopping Popular pedem pelas camisas dos times de Mato Grosso e do Cuiabá, que atualmente está na Série A. No entanto, o local ainda não conseguiu autorização para vender as camisas do Cuiabá. 

Camisas antigas da seleção brasileira fazem sucesso entre apaixonados por futebol. (Foto: Bruna Barbosa/Olhar Direto)

“Time regional trabalhamos com Dom Bosco e Operário, pegamos direto com eles e temos um relacionamento legal com a diretoria. Tentamos trabalhar com o Mixto, mas encontramos dificuldade". 

"No Campeonato Estadual vendemos muitas camisas, o Dom Bosco tem uma torcida fiel. O Operário está em atividade jogando a Série D, também sempre temos procura”. 

Hélio conta que costuma presenciar cenas engraçadas de muitos casais que entram na loja. Frases como: “você não vai naquele lugar com essa camisa” ou “vai comprar mais uma?” são ouvidas com frequência pelo empresário. Para ele, futebol é uma paixão nacional que mexe com muitos sentimentos dos fãs.

“Um menino de, no máximo, 20 anos chegou aqui e ficou muito animado com uma camisa do Romário, de 1994. Ele nem perguntou o preço e já avisou que iria levar. Ele começou a contar que perdeu o pai na pandemia e que ele era apaixonado pelo Romário. Ficou com os olhos marejados e eu também. Futebol é isso, é uma paixão. Sou são paulino, meu pai e meu avô eram. Meu filho está chegando e vai ser são paulino também”.
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