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Terça-feira, 10 de dezembro de 2024

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Juntos há 17 anos, casal que mora em van visita MT antes de viagem ao Peru: 'experiência incrível'

Foto: Reprodução

Juntos há 17 anos, casal que mora em van visita MT antes de viagem ao Peru: 'experiência incrível'
Juntos há 17 anos, Raphael Pucci e Hemertton Pompeu moram em uma van adaptada como motor home e vivem nas estradas desde 2021 com a vira-lata Bali, que foi adotada por eles durante a pandemia da covid-19. Apaixonados por viagens, o casal já visitou mais de 40 países e 21 estados brasileiros. Agora, no segundo ano como nômades digitais, eles pretendem chegar à Colômbia nos próximos dias, mas antes decidiram conhecer Mato Grosso. 


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Os dois nasceram em São Paulo e ainda não conheciam os pontos turísticos mato-grossenses. Durante a passagem pelo Estado, eles visitaram Poxoréu, Primavera do Leste, Nobres, Chapada dos Guimarães e Cuiabá. 

Hemertton, o Ton, conta que ele e Rapha foram extremamente acolhidos pelos moradores das regiões. Em Nobres, por exemplo, eles fizeram boia cross na Pousada Bom Jardim, sempre acompanhados por Bali, que também curtiu o passeio nas águas transparentes da cidade turística. 

“Ficamos muito surpresos com tudo. Tivemos a oportunidade de conhecer uma terra indígena Xavante em Poxoréu, a lagoa Azul de Primavera do Leste, a incrível Chapada dos Guimarães, uma rápida passada por Cuiabá e fechamos com chave de ouro em Nobres”. 

O casal já planeja retornar a Mato Grosso na segunda temporada da expedição de van para conhecerem o Pantanal, Nova Xavantina, Vila Bela da Santíssima Trindade e Barra do Garças. Atualmente, Rapha, Ton e Bali estão em terras peruanas antes de seguirem para a Colômbia. 

Ton conta que uma das melhores partes de morar na van e viver pelas estradas é poder conhecer lugares menores e inóspitos, que possuem difícil acesso de avião. Os dois não se arrependem da decisão de terem deixado as profissões para investir na vida nômade. 

“Sempre comentamos com amigos que o Motorhome te leva para lugares inóspitos, vilarejos e cantinhos que jamais chegaríamos se estivéssemos viajando de avião. Com a casinha de rodas conseguimos explorar exatamente esse meio, que é cheio de histórias e natureza muito preservada”. 
 

Apesar de não se arrependerem e sonharem com o futuro na estrada, Ton ressalta que eles precisam enfrentar algumas dificuldades por morarem em um motorhome, como a falta de rotina e a saudade da família. 

“Geralmente isso é superado com a própria evolução que a estrada nos proporciona, como resiliência, paciência. Então vamos lidando com tudo isso e de bem com a vida”. 

O casal explica que faz planos de curto prazo, com roteiro de cidades que serão visitadas em no máximo três meses. Para eles, as viagens mais lentas proporcionam mais facilidade para trabalhar na estrada e aproveitar os lugares. Rapha e Ton ainda não definiram para onde vão depois da Colômbia. 

“Temos previsão de chegada em meados de junho e julho. A partir daí vamos decidir se cruzamos para a América Central ou se faremos um caminho alternativo. Também temos muitos planos para o futuro, como conhecer a Índia e fazer mais trabalhos voluntários pelo interior do Brasil”. 

Os trabalhos voluntários já fizeram parte da vida de viajantes do casal. Ton conta que ele e Rapha atuaram de forma voluntária na África do Sul, Namíbia, Botsuana, Zambia, Zimbábue e Tanzânia. De mochilão, eles ainda viveram quatro meses no sudeste asiático, onde conheceram Tailândia, Indonésia, Malásia, Singapura, Vietnã, Camboja, Mianmar, e Filipinas. A ideia de transformar a van em casa surgiu depois da viagem à Ásia, em 2018. 

“Nós sempre tivemos uma rotina de viagens, aquelas férias anuais e também algumas oportunidades de trabalho, mas tudo mudou depois de um mochilão que fizemos para o Sudeste Asiático em 2018. Foi ali que tivemos um ‘despertar’ e iniciamos um plano que tomou vida em 2021. Foram quase quatro anos planejando”. 

Para ele, mais pessoas estão aderindo ao estilo de vida nômade depois da pandemia por estarem mais atentas e preocupadas em viver cada momento. 

“Não se apegar aos padrões da sociedade, como por exemplo trabalhar até a terceira idade e só depois viajar, descansar e ter novas experiências. Com a evolução da tecnologia, mais conectividade e trabalhos remotos, é possível conciliar trabalho, descanso e vivências como as que temos hoje”.
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